Editorial
Projeto adiado
As expectativas em torno da região receber, de forma breve, mais um complexo termelétrico tendo como base o carvão mineral, abundante nos municípios daqui, precisaram ser adiadas mais uma vez. Isso porque, na sexta-feira, quando o governo federal realizou um novo leilão destinado para a compra de energia, proveniente de uma série de empreendimentos, incluindo a possibilidade de novas usinas a carvão, o único projeto destinado para a Campanha, mais precisamente para Pedras Altas, acabou não concorrendo no pleito.
A decisão de não participar do certame, aliás, foi confirmada momentos antes do leilão que, por pouco, não foi adiado. De fato, o certame chegou a ser suspenso, mas acabou mantido após decisão final do Superior Tribunal Federal. A proposta destinada para Pedras Altas, por sua vez, que tinha condições de concorrer e, até então, possuía a intenção de disputa atestada por seus responsáveis, ficou para um outro momento.
O projeto local vinha sendo alvo – como revela reportagem nesta edição – de uma mobilização do Greenpeace. A Organização Não-Governamental sustenta que sua viabilização traria danos expressivos para a região. Chegou a elencar, inclusive, que o abastecimento de água na cidade vizinha de Candiota poderia ser drasticamente afetado. O que, de imediato, foi refutado pelo prefeito da Capital do Carvão.
O fato é que a utilização do mineral, para a produção de energia, é sempre marcado por disputas. Contrários a tais empreendimentos alegam que os danos ao meio ambiente não justificam mais investimentos no setor. Por outro, quem defende utiliza o argumento – para quem é daqui, algo evidente – de que usinas termelétricas são responsáveis pelo desenvolvimento econômico e social há anos. O que é uma realidade visível. Basta colocar em evidencia que, caso o setor carbonífero não tivesse recebido investimentos, ao longo da história, dificilmente municípios como Candiota sequer poderiam existir na atualidade.
O caso é que o governo federal, na atualidade, investe no setor, mesmo que pouco. Muitas vezes, contudo, compra o mineral de outros países quando, em Candiota, está um depósito já prospectado com capacidade gigantesca para gerar energia e fundamental para o desenvolvimento desta região. É importante, em determinados momentos, bom senso. Por enquanto, porém, em meio a tais divergências, esse novo empreendimento fica para depois.
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