Fogo Cruzado
Municípios da região registram queda no percentual de eleitores analfabetos
Bagé tem 2.141 eleitores analfabetos. O volume representa 2,32% do eleitorado municipal, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pelo menos 4.793 bajeenses sabem ler e escrever, totalizando 5,2% do contingente local. O percentual, que registra queda desde 2014, está abaixo da média nacional (que apresenta 4,46% de eleitores analfabetos e 8,93% que sabem ler e escrever).
Em 2014, quando o eleitorado totalizava 90.317 (1.804 a menos do que em 2018), Bagé contabilizava 2.416 votantes analfabetos (2,68%) e 5.677 (6,29%) que apenas sabiam ler e escrever. No pleito municipal de 2016, o volume de analfabetos caiu para 2,3 mil (2,51%) e o daqueles que apenas sabem ler e escrever reduziu para 5.248 (5,73%). A redução também foi verificada nos municípios da região.
Aceguá tem 3.655 eleitores. De acordo com os dados TSE, 110 (3,01%) são analfabetos e 209 (5,72%) sabem ler e escrever. Em 2014, 172 (4,41%) eram analfabetos e 430 (11,01%) sabiam ler e escrever. A cidade, que tem votação biométrica, passou por revisão de eleitorado, a exemplo de Candiota e Hulha Negra.
Os índices de Candiota também foram reduzidos. Com um eleitorado de 7.306, a cidade tem 241 (3,3%) eleitores analfabetos e 199 (2,72%) que sabem ler e escrever. Em 2014, entretanto, havia 273 (3,56%) analfabetos e 685 (8,94%) que apenas liam e escreviam.
Hulha Negra registra resultados ainda mais expressivos. A cidade tem 4.608 eleitores, dos quais, 147 (3,19%) são analfabetos e 227 (4,93%) sabem ler e escrever. No pleito de 2014, porém, 242 (5,2%) eram analfabetos e 611 (13,13%) sabiam apenas ler e escrever.
Legislação
A Constituição de 1988 tornou inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos, mas assegurou às pessoas analfabetas, definitivamente, o direito ao voto, em caráter facultativo.
Analfabetismo
Os percentuais locais acompanham uma tendência nacional de quada. No primeiro semestre de 2018, pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio Contínua (Pnad Contínua), revelou que, de 2016 a 2017, a taxa de analfabetismo no país entre pessoas com 15 anos ou mais de idade, foi estimada em 7%, representando uma redução de 0,2 ponto percentual.