Campo e Negócios
"O Brasil é competitivo da porteira para dentro" destaca Gedeão
Publicada em 04/09/2018
A 41ª Expointer foi marcada pela qualidade genética dos animais expostos, incentivo ao avanço tecnológico, estreitamento da via que liga o campo à mesa, além de ter sido um terreno fértil para as pautas de natureza política e econômica. Ao apresentar o balanço da participação do Sistema Farsul na Expointer, o presidente Gedeão Pereira destacou a sensação de harmonia durante o evento, resultado das parcerias informais que se estabeleceram entre o setor público e o privado e as reuniões que levantaram temas importantes para o aumento da competitividade do agronegócio gaúcho.
"O Brasil é competitivo da porteira para dentro e produz com muita qualidade. Mas precisamos saber vender essa qualidade para o mundo", ressaltou Gedeão, ao lembrar a realização do Seminário da CNA que reuniu associações de raça para debater o andamento do programa de carne certificada. O problema da logística e infraestrutura foi um outro ponto estratégico que colocou em um mesmo espaço Farsul, Fiergs, Federarroz e Fecomércio, entidades que enfrentam desafios em comum para o escoamento de sua produção em razão da demora na duplicação de estradas, sucateamento das ferrovias e falta de dragagem das hidrovias. "Quando falamos em infraestrutura, precisamos unir a agropecuária, a indústria e os serviços e olhar para fora, para os grandes mercados. Precisamos estar juntos para competir entre os setores", falou o presidente.
O olhar voltado para fora, em direção à Ásia, é uma pauta que tem o potencial de unir não apenas os setores produtivos do Brasil, mas dos vizinhos do Mercosul, perspectiva que foi consolidada na reunião do Grupo Farm, federação que congrega as associações rurais do Mercosul. A necessidade de buscar acordos de livre comércio com outros blocos para evitar a disputa interna por mercado foi um dos tópicos tratados pelo grupo, que também discutiu o plano do Brasil para a retirada da vacina da febre aftosa e as preocupações do grupo quanto à defesa sanitária do continente.
Na entrevista coletiva, o presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, apresentou dados sobre a comercialização de animais, que caiu 4%, totalizando R$ 10.210.545,00. Segundo Schardong, o resultado reflete uma queda no número de animais de argola, mas é compensada pelo crescimento dos rústicos, animais que vêm para a feira para serem comercializados e já saem da exposição prontos para irem a campo. Schardong mencionou, ainda, o aumento na participação de ovinos.
Reivindicações
O presidente do Sistema Farsul destacou a visita de cinco candidatos à presidência da República à Expointer. Todos receberam um documento contendo as dez medidas da federação para os presidenciáveis, que fala em desafios enfrentados pelo setor e alternativas.
O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, esclareceu o posicionamento da entidade a respeito da questão do subsídio à agricultura. De acordo com ele, os recursos que são usados no crédito rural provêm de uma parcela dos depósitos compulsórios oriundos dos depósitos à vista e em poupança, e de recursos livres. Portanto, não são usados recursos do governo, e sim privados, para o crédito rural, o que não configura um subsídio. O total de recursos empregados pelo governo na agricultura em 2017 corresponderam a apenas 0,64% do gasto público, sendo que a maior parte desse recurso vai para despesas de pessoal.
Galeria de Imagens
Leia também em Campo e Negócios
Campo e Negócios
PIB gaúcho tem crescimento de 1,7% Há 4 horas Campo e Negócios
Arco presta contas em reunião com associações de raças de ovinos de todo país Ontem Campo e Negócios
Eduardo Soares é reconduzido ao cargo de presidente da ABHB Há 3 dias Campo e Negócios
Em início de colheita, chuva contribui para o cultivo da soja na Campanha Há 5 dias