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Redução de juros da casa própria aquece mercado imobiliário
Publicada em 04/09/2018
A Caixa Econômica Federal anunciou a redução de até 0,5 ponto percentual das taxas de juros do crédito imobiliário para operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Além disso, o banco também aumentou o limite de cota de financiamento de imóveis usados de 70% para 80%. As mudanças começaram a valer na última semana e já aqueceram o mercado imobiliário.
De acordo com a corretora Adriana Wild, o movimento aumentou bastante e já há uma escassez de imóveis para comercialização. Ela explica que a maior procura é por imóveis na planta e a cada unidade construída a venda chega a 100% da oferta. “O mercado está aquecido devido à melhora na taxa de financiamento. Isso incentiva o comprador”, disse.
Para o corretor Ademir Gonçalves de Souza, a procura pela compra de imóveis novos e usados aumentou devido às oportunidades de financiamento. Ele alerta para que os interessados busquem os financiamentos rapidamente, visto que são linhas de crédito com valores determinados. Souza explica que os imóveis na planta são os mais procurados por apresentarem juros baixos, mas também houve um acréscimo na busca por imóveis usados. “Os financiamentos permitem o uso do Fundo de Garantia, o que facilita as vendas”, comenta.
O corretor salienta que a diminuição dos juros e o aumento das cotas aquece também a construção civil, aumentando o número de empregos. “As taxas são diferentes para cada tipo de venda e adquirir um imóvel é uma oportunidade de sair do aluguel”, ressalta.
Conforme a gerente comercial de outra imobiliária, Adriana Souza, há muitos clientes buscando apartamentos em condomínios como forma de investimento. Ela salienta que a compra de imóveis usados, e até de casas mais antigas, dificulta o financiamento e algumas ainda precisam de reformas fazendo com que o comprador tenha que investir mais. “Os apartamentos têm financiamento mais acessível e são mais seguros”, destaca.
A venda dos imóveis no País aumentou 9,4% no ano passado por conta da baixa nas taxas de juros comparado a 2016. O levantamento dos dados é da Câmara Brasileira de Indústria da Construção (CBIC) e do Senai Nacional. O total de vendas foi de 94.221 residências em 2017, enquanto que em 2016 o número foi de 86.146.
Taxas
No caso de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que permite usar os recursos do FGTS, o teto hoje é de R$ 950 mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. Nos demais estados, R$ 800 mil. A partir de 2019, será de R$ 1,5 milhão em qualquer lugar do País. As taxas mínimas passaram de 9% ao ano para 8,75% ao ano. Para os imóveis do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), as taxas foram de 10% ao ano para 9,5% ao ano.
Imóveis usados
Com o aumento para 80% no limite de cota de financiamento de imóveis usados, o valor pago como entrada na aquisição do imóvel será menor. De acordo com a Caixa, isso irá favorecer a superação do deficit habitacional. Neste ano, o banco tem R$ 82,1 bilhões disponíveis para o crédito habitacional.
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