Cidade
Revitalização da rodovia Miguel Arlindo Câmara, em Candiota, inicia em outubro
A Prefeitura de Candiota assinou contrato com a Construbras Construtora Ltda. para a revitalização da rodovia Miguel Arlindo Câmara (MAC), principal via de acesso aos bairros do município. A obra deve contemplar 1,2 quilômetros e abrange, neste momento, seis pontos da via considerados críticos. O investimento será de R$363.221,09, recursos próprios do município.
A rodovia liga a BR-293 à Usina Termelétrica (UTE) Presidente Médici, administrada pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE). A MAC, como é popularmente denominada, conta com 13,3 quilômetros de extensão e foi construída em 1973, pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). Após a emancipação do município (em 1992) e a transferência da termelétrica para a Eletrobras, a administração da rodovia ficou indefinida e a situação que perdura até o momento.
De acordo com o secretário de Finanças de Candiota, Alexandre Veedoto, a última intervenção na via foi em 2016, por meio de parceria com a Engie Energia, responsável pela obra da Usina Termelétrica Pampa Sul, e foram revitalizados três trechos críticos da estrada. "Agora, serão seis locais que irão receber as melhorias", disse. Segundo Veedoto, a empresa terá o prazo de quatro meses para concluir a obra.
Trechos contemplados
Receberão os reparos, segundo divulgado, o acesso à BR-293 passando pelo pórtico de entrada (360 metros quadrados); o entorno do quebra molas no bairro São Simão, próximo ao hotel Passo Real (450 metros quadrados); a cabeceira do Viaduto Férreo em direção ao bairro João Emílio (1.770 metros quadrados); em frente ao posto Buffon (1.125 metros quadrados); o entorno do quebra molas do posto do Nico 412 metros quadrados; os arredores do quebra molas na região do hotel Dal Cortivo (300 metros quadrados).
Federalização
A situação precária da rodovia e os acidentes com vítimas fatais já geraram três paralisações na via. E através do auxílio de uma comissão formada por moradores, foram instaladas placas de sinalização e redutores de velocidade. Para a estruturação total da via, seriam necessários mais de R$ 14 milhões, segundo informado à reportagem do MINUANO. A federalização, desse modo, seria uma das opções para garantir investimentos. Esse processo iniciou em 2010 e foi arquivado pelo Congresso Nacional, antes do início da operação da Fase C do complexo termelétrico de Candiota, quando houve uma tentativa de incluir a estrada no Plano Nacional de Viação. Na época, o argumento foi de que a rodovia já não estava adequadamente mantida para o tráfego, e que sofreria uma solicitação maior com a ampliação (da usina), aumentando os riscos para veículos de passageiros e cargas. Em 2014, foi apresentado um parecer pela inconstitucionalidade, observando a ausência de estudos técnicos para amparar o pedido.
No início de agosto, deste ano, contudo, o projeto de federalização da da MAC avançou na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, sem emendas. O prazo para apresentação de propostas de mudanças encerrou pouco antes do recesso. A matéria ainda deve retornar à pauta.
A federalização da MAC, que interliga os bairros de Candiota, só pode ser viabilizada através de uma alteração no Plano Nacional de Viação, criado por lei específica, que foi modificada em 2011. O Plano Nacional de Viação engloba a infraestrutura física e operacional dos transportes rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo.