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Campo e Negócios

Animais criados livres no Pampa fornecem carne mais saudável, diz Embrapa

Publicada em 13/09/2018
Animais criados livres no Pampa fornecem carne mais saudável, diz Embrapa | Campo e Negócios | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Pesquisa aponta que exemplares possuem gorduras benéficas aos consumidores

A carne de bovinos criados livres no Pampa é mais saudável do ponto de vista nutricional. Além do importante fornecimento de nutrientes como ferro e vitaminas do complexo B, a proteína desses animais apresenta maiores teores de ômega 3, se comparada aos criados em confinamento. As pesquisas que comprovam isso são referenciadas pelo Laboratório de Ciência e Tecnologia de Carne da Embrapa Pecuária Sul, sob liderança da pesquisadora Élen Nalério, e mostram que a carne produzida nos campos naturais do bioma Pampa tem perfis de gorduras benéficos aos consumidores.
"No Pampa, a alimentação dos animais, composta, em sua maior parte, pela rica variedade dos pastos naturais, dá origem a um produto com perfil de gordura mais saudável, já que possui mais ômega 3 do que ômega 6", explica a cientista. Essa razão de ômega 6 por ômega 3 é equilibrada quando está em níveis de até 4:1. No entanto, as dietas das populações ocidentais se caracterizam por terem relações entre ômega 6 e 3 de até 15:1, o que representa potencial risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares, autoimunes e outras doenças inflamatórias. Fato derivado do aumento do consumo de carboidratos pelos humanos, principalmente os cereais.
"O mesmo ocorre na alimentação dos ruminantes. Quando eles são alimentados com dietas baseadas em forragens, nos fornecem carnes com maior teor de ácidos graxos do tipo ômega 3. Paralelo a isso, animais terminados com dietas mais intensivas, com altos teores de grãos, rendem carnes com maior teor de ômega 6. É importante frisar que a dieta do homem, antes do advento da agricultura moderna, era composta de uma relação perfeita entre ômega 6 e ômega 3, de 1:1", destaca Nalério, ao frisar que “o sistema de criação e terminação do animal interfere diretamente nas características da carne. Entre um extremo, de produção extensiva, somente com pastagens, até o outro extremo, de confinamento total, com alimentação por grãos, há a formação de produtos totalmente diferentes”.
Essa diferença se dá não apenas no tipo de gordura formada. “Os bovinos são animais naturalmente prontos para fazer a digestão de fibras, de pasto. Para fazer a digestão de grãos, eles precisam passar por uma adaptação. Essa variação de alimentação faz com que sejam formadas gorduras totalmente diferentes, e isso interfere, também, no sabor e no aroma do produto”, explica a pesquisadora. Enquanto a carne produzida nos campos tem uma cor viva e a gordura mais amarelada, a de confinamento é mais pálida e possui gordura mais branca. “O pasto tem carotenoides, que conferem a cor amarela à gordura. Já a cor da carne sofre influência de maior ou menor presença das mioglobinas. O animal no pasto caminha mais e precisa oxigenar a musculatura, o que aumenta o teor de mioglobina e origina a cor vermelha mais intensa na carne”, esclarece.

Mais de dois séculos de pecuária extensiva
O bioma Pampa é formado basicamente por campos naturais com rica biodiversidade de espécies vegetais e animais. Nesse cenário, há mais de dois séculos, vem sendo praticada a pecuária, atividade econômica que utiliza os recursos naturais de forma sustentável, contribuindo para manutenção do ecossistema. Estudos apontam a existência de cerca de 450 espécies de gramíneas e 150 de leguminosas, muitas delas com enorme potencial forrageiro.
Pesquisas realizadas na Embrapa Pecuária Sul apontam que a exploração sustentável desse ambiente campestre pode ser uma estratégia bem-sucedida para a produção pecuária na região. Para o pesquisador da Embrapa José Pedro Trindade, o manejo do campo nativo é o segredo para o desenvolvimento de uma pecuária rentável, com qualidade e que preserve o meio ambiente. Ou seja, a interação entre o produtor e o meio ambiente é essencial para que a atividade obtenha êxito. “Nós estamos propondo um novo olhar do produtor em relação ao campo nativo. Um reconhecimento da riqueza dos recursos naturais dos campos sul-brasileiros e do seu potencial que possa resultar em processos produtivos duráveis e de qualidade”, ressalta.
A conservação dos campos é também responsável por uma série de serviços ambientais. De acordo com o pesquisador da Embrapa, Leandro Volk, entre esses serviços, a riqueza de espécies do campo, quando bem manejada, proporciona a conservação e a manutenção de vida do solo. “A diversidade de tipos e formas de raízes das espécies, mesmo as sem valor forrageiro, proporciona maior infiltração e armazenamento de água no solo, entre outros serviços”, finaliza.

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