Cidade
Associação busca área para descarte de embalagens de agrotóxicos
A Associação e Sindicato Rural de Bagé e a Associação de Revendedores de Agrotóxicos da Fronteira (Arafro) estão em negociação com a prefeitura em busca de um local para receber o descarte adequado das embalagens vazias e afins. O espaço é uma demanda dos produtores que encaminham o material, na atualidade, para Dom Pedrito, sede da Arafro.
A procura pelo local iniciou após a realização da 5ª edição do Simpósio Produção de Soja, que aconteceu no início de julho. Na ocasião, o prefeito Divaldo Lara assinou, junto à Arafro, um protocolo de intenções, no qual o município se compromete a disponibilizar um espaço para que seja construído o depósito.
Conforme o secretário de Desenvolvimento Rural, Cléber Carvalho, após a assinatura do documento, foi levantada a hipótese de ceder um espaço no Parque do Gaúcho, mas a ideia foi descartada porque, segundo ele, seria necessário desmembrar parte do local para realizar a construção. Carvalho salienta que foram visitadas outras áreas, mas ainda não houve uma definição.
De acordo com o gerente operacional da Arafro, Gérson da Fontoura, a associação recebe material de Bagé, Candiota, Hulha Negra, Aceguá, Rosário do Sul, Santana do Livramento, São Gabriel e Dom Pedrito. Como a demanda é muito grande, a ideia é trazer um ponto de coleta até a Rainha da Fronteira. "Após o descarte, o material será levado para Dom Pedrito para ser classificado e colocado em fardos", comenta.
As embalagens vazias de agrotóxico, diferente de qualquer recipiente plástico, não podem ser reutilizadas no uso doméstico. Isso porque os produtos são agressivos, nocivos à saúde humana e de animas. Fontoura explica que somente em Bagé são descartados cerca de 80 toneladas por ano de tais materiais. "Na entressafra, os materiais são levados mensalmente por empresas especializadas e são utilizados para reciclagem. Uma carga é de 13 toneladas e meia", disse.
Um dos diretores da Associação e Sindicato Rural, Felipe Dias, está responsável por realizar a mediação entre prefeitura e Arafro. Dias ressalta que a Rural levantou o problema dos produtores não terem onde realizar o descarte e a prefeitura está auxiliando com a cedência da área. "É uma questão de ajuste entre as partes para que o local seja viabilizado. Devemos visitar possíveis áreas para definir o melhor espaço", comenta.