MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Cidade

Artista bajeense lança trabalho denunciando machismo na música tradicionalista

Publicada em 20/09/2018
Artista bajeense lança trabalho denunciando machismo na música tradicionalista | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Clarissa começou estudos no Imba

A escolha de hoje, Dia do Gaúcho, como a data de lançamento da música “Manifesto Líquido”, da violinista e etnomusicóloga bajeense, Clarissa Ferreira, não é apenas mera coincidência. Com a composição, ela questiona a representação machista da mulher em músicas regionais tradicionalistas.

A bajeense conta que começou a tocar aos doze anos, no Instituto Municipal de Belas Artes (Imba). O contato com a música e cultura gaúcha deu-se durante o período de formação acadêmica, em Pelotas, através de convites para tocar em grupos de dança do Centro de Tradições Gaúchas e festivais de música nativista. Paralelo a isso, começou a pesquisar dentro da academia sobre a música regional gaúcha e compreender o processo de construção da identidade e tradição do Estado. “Esse processo de construção excluiu algumas identidades como a do índio, do negro e da mulher”, destaca.

A disparidade de gênero também foi notada por ela dentro do próprio ambiente musical: “Eu era uma das pouquíssimas instrumentistas no ambiente da cultura gaúcha e comecei a perceber que as temáticas das músicas e toda essa construção baseava-se a partir de performatizações do masculino. A partir daí, comecei a observar os machismos nas composições e no cotidiano”, conta.

Estas questões foram abordadas por ela em seu blog, Gauchismo Líquido, onde compartilhou o resultado das pesquisas de mestrado e doutorado em Etnomusicologia. Agora, resolveu trazer essas considerações para a prática de sua atuação como musicista, através de suas composições. “Trouxe esta questão para o meu fazer artístico e comecei a compor sobre o tema. A "Manifesto Líquido" é a primeira que lanço e já estou apresentando um show com canções que têm como temática a visão da cultura gaúcha por uma perspectiva da mulher e da contemporaneidade, também através desse filtro. Em breve, pretendo lançar um EP com essas composições”, adianta Clarissa.

Sobre a recepção de seu trabalho no meio nativista, ela afirma: “Hoje é mais tranquilo para me posicionar com o que penso. As pessoas têm que compreender que estamos tratando de questões estruturais da cultura, de comportamento, e não críticas pessoais. Essa cultura da violência imposta pela cultura gaúcha compreendida, como é atualmente, acaba sendo muito nociva e excludente. Precisamos urgentemente rever esses conceitos”, declara.

E quem ficou curioso com a "Manifesto Líquido" de Clarissa, pode encontrá-lo a partir de hoje no YouTube e nos serviços de streaming ou acompanhar o trabalho através da página da artista.

Galeria de Imagens
Leia também em Cidade
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br