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Empresa chinesa desiste de realizar linha de transmissão entre Candiota e Guaíba
Publicada em 25/09/2018
O governo do Estado publicou, na última semana, uma nota oficial informando que a empresa chinesa Shanghai Electric não vai apresentar garantia para assinar o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão em que se comprometia a realizar investimento de R$ 4 bilhões no Rio Grande do Sul. No final de agosto deste ano, o comprometimento foi reiterado pela abertura da Sociedade de Propósito Específico (SPE), além de suas declarações públicas de interesse sobre este negócio estratégico. A medida gera reflexos na região.
Com a apresentação da carta de renúncia da Shanghai, o próximo passo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) será iniciar o processo de declaração de caducidade da concessão hoje. Neste processo, a Eletrosul deverá ter prazo pré-determinado para apresentar sua defesa e/ou nova alternativa de assunção deste negócio. Este tema deverá ser tratado na Aneel hoje em reunião da diretoria.
Em novembro de 2017, um acordo foi firmado pela Eletrobras, Eletrosul, a empresa chinesa Shanghai Electric e o Clai Fund (Fundo Chinês para Investimento na América Latina), para a viabilização de projetos de expansão do fornecimento de energia elétrica no Rio Grande do Sul. O recurso deveria ser usado para construir 1,9 mil quilômetros de linhas de transmissão e oito novas subestações, além de ampliar 13 subestações que já existem. A lista de projetos incluiu uma linha da transmissão entre Candiota e Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre.
A previsão era de que as obras iniciassem em março deste ano e fossem concluídas em até 48 meses. Durante a execução, a expectativa era a geração 11 mil empregos diretos. Na ocasião, o governo do Estado informou que o novo sistema de transmissão iria melhorar o fornecimento de energia para a região metropolitana e criar um novo ponto de atendimento na região Norte.
Em nota, o Estado reafirmou a importância estratégica do empreendimento do Lote A, não somente pela sua capacidade de escoar energia - especialmente nos novos parques eólicos em projeto no Estado - bem como a sua importância como investimento, gerando emprego e renda.
Empresa indiana
A Incomisa - Indústria de Construção e Montagens Ingelec S/A, que será responsável pela construção do Lote 10, continua buscando área em Bagé para a implantação do canteiro de obras para realizar a expansão de linha de transmissão de energia e interligar o complexo termelétrico de Candiota a Bagé. A empresa foi contratada pelo grupo indiano Sterlite Power Grid Ventures, que ganhou a concorrência pública realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A liberação para a implantação das linhas foi publicada pela Aneel, declarando de utilidade pública as áreas de terra necessárias à passagem das linhas de transmissão.
Prazo
Esta linha de transmissão local integra um lote comercializado por R$ 34,5 milhões. A entrada em operação comercial está prevista para agosto de 2022. A nova estrutura, que faz parte do planejamento do Ministério de Minas e Energia, é considerada estratégica para a região. A obra pretende evitar cortes de carga por subtensão, especialmente nos períodos entre novembro e março, e em situações de despacho reduzido nas centrais eólicas da Eletrosul, integradas à subestação de Cerro Chato, em Santana do Livramento. A obra tem prazo de execução de 60 meses e prevê a construção de rede de transmissão de 49 quilômetros entre Candiota e Bagé.
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