Editorial
Muito além de conforto
Um tema que voltou a gerar expectativas mais fortes, nos últimos dias, foi a retomada dos voos regulares entre Bagé e Porto Alegre. E por uma simples definição: a Azul anunciou a projeção de começar a operar a linha a partir de fevereiro do próximo ano. Será, se confirmada a previsão, a concretização de uma articulação de longa data.
Agora, porém, mais que acelerar a viagem entre a Rainha da Fronteira a Capital gaúcha, tal implementação de mobilidade poderá permitir, de fato, que vidas possam ser salvas. Sim, é isso que ressalta reportagem especial publicada nesta edição, assinada pela jornalista Jaqueline Muza. Na atual abordagem, o MINUANO retomou um tópico que o próprio Executivo Municipal havia aventado anteriormente, de adquirir parte das passagens para destinar a pacientes do Tratamento Fora de Domicílio.
E o que isto pode representar, a curto prazo mesmo? Ora, no âmbito da Saúde, a celeridade de atendimento, uma simples consulta que seja, pode salvar vidas. Sim, um diagnóstico antecipado, por assim dizer, permite o início do tratamento com brevidade, muitas vezes de modo que possibilite a tão almejada cura. Lógico, é uma possibilidade bem viável, mas não uma certeza.
De qualquer modo, neste momento, é positivo esperar que tão logo a rota entre em vigor, o mesmo valha para as viagens aos usuários da rede de atendimento de Saúde local. Sem antecipar qualquer avaliação, é bem possível estimar que cidades vizinhas passem a buscar a mesma circulação. Até porque politicas diferenciadas, que melhorem a vida da população, são mais que mero investimento, são obrigações de qualquer gestor.
Os voos, entre Bagé e Porto Alegre, não diminuirão só distâncias, garantindo celeridade de locomoção, é claro, assim como gerando mais conforto. Isso é fato. Poderão ser, também, uma válvula de escape ao desenvolvimento local. Resta aguardar; e falta pouco, pelo que se percebe.