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Psicologia e Direito realizam palestra sobre adoção por casais homoafetivos
O salão de atos da Urcamp reuniu alunos e professores dos cursos de Psicologia e Direito, na segunda-feira, para tratar sobre a adoção por parte de casais homoafetivos. O tema em debate trouxe à tona um assunto ainda pouco conhecido pela maior parte das pessoas, "Adoção por casais homoafetivos". A abordagem ficou por conta da promotora de Justiça, Marlise Martino Oliveira, e da psicóloga Sílvia Vargas.
Marlise destacou os aspectos jurídicos da adoção por casais do mesmo sexo e esclareceu que a lei não faz distinção entre homoafetivos e casais héteros, pois todos passam pela mesma avaliação interdisciplinar para averiguar se estão aptos para a adoção. "Os laços sanguíneos não são os mais importantes. A gente busca ver, fundamentalmente, se existe o vínculo afetivo", explica.
Sílvia, que leciona na Urcamp, vive uma relação homoafetiva há 15 anos e adotou duas meninas no ano de 2010, na época com dois e quatro anos. Ela contou aos estudantes como foram os trâmites e o processo judicial, o que levou cerca de um ano entre a habilitação e a adoção. "Foi tudo muito tranquilo. As dificuldades que encontramos são as mesmas que encontrariam um casal hétero. Foi uma transformação total. Passamos da vida de casal para uma família e elas nunca questionaram o fato de terem duas mães", comenta.
A palestra foi interdisciplinar, pois faz parte das disciplinas de Psicologia Aplicada, no Direito, e Direito e Psicologia Jurídica, na Psicologia, que são ministradas pelas professoras Súsi Barcelos e Lima e Adriana Brito de Moraes.