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ELLAS

O sonho e o País das Maravilhas

Publicada em 12/10/2018

Adriana Di Lorenzo

                                                             Psicoterapeuta psicanalítica e professora

                                                                         adridilorenzo@uol.com.br




Desde pequena, lia e relia As aventuras de Alice no País das Maravilhas. Lembro-me de que ficava angustiada. Muitas vezes, não compreendia as reflexões de Alice. Tentava entendê-la. Talvez na ânsia de me entender e de entender o que estava por vir.

Para quem não lembra a obra de Lewis Carroll conta a história da menina Alice, curiosa e questionadora. Em um belo dia, sonolenta, adormece com um livro na mão, embaixo de uma árvore. E sonha...

Durante seu sonho, começa a fazer uma série de reflexões. Até que aparece um coelho branco. E como todo o sonho é estranho, o de Alice não poderia ser diferente. Ela resolve seguir o coelho e acaba caindo em um buraco. Só mais tarde, descobre que aquele é o caminho para o País das Maravilhas. Um lugar povoado por criaturas que misturam características humanas e fantásticas.

À medida que a narrativa transcorre, toda em seu sonho, Alice trava diálogos desconcertantes e vai, aos poucos, nos desconcertando.

A entrada súbita e inesperada da adolescência assusta a protagonista. Alice não entende o que está acontecendo com seu corpo, que passa por frequentes alterações de tamanho. Ora está pequeno, ora muito grande, atingindo somente sua estatura normal quando está por acordar.

Aos poucos, a menina começa a entender que o crescimento é inevitável. Porém, não sabe como equilibrar seus desejos com as expectativas dos outros.

Difícil questão a de Alice!

Difícil questão a nossa!

Quantas vezes cedemos? Quantas vezes optamos em agradar? Quantas vezes nos deixamos para trás?

Difícil questão a nossa!

Difícil questão a de Alice!

No entanto, a menina adolescente encontra um caminho. O sonho! É nele, no País das Maravilhas que ela busca suas respostas e começa a fazer suas escolhas.

Em 1900, Freud, na obra A interpretação dos sonhos, introduz uma nova visão sobre a natureza dos sonhos. Para o psicanalista, na maioria das vezes, o que sonhamos não é o que parece ser, mas sim algo distorcido. Algo mais profundo que precisa de interpretação.

No sonho, nos sentimos seguros para revelar nossos desejos, nossos traumas e outros elementos que se escondem em nosso inconsciente.

É no sonho que Alice nos convida a sonhar. A buscarmos o nosso País das Maravilhas.

Alice nos ensina que o mundo adulto pode ser muito interessante. Mas que, às vezes, é preciso driblar sua fragilidade e sua superficialidade.

Basta sonharmos. Basta não nos perdermos no meio do caminho...

A obra de Carroll não é uma história só para crianças. Ela se dirige aos adultos. Ela se dirige a todos nós.

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