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Trabalho voluntário alegra crianças em abrigos e hospitais

Publicada em 12/10/2018
Trabalho voluntário alegra crianças em abrigos e hospitais | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Iniciativa é desenvolvida há pouco mais de um ano

por Fábio Quadros e Dhésika Vidikin
Acadêmicos de Jornalismo da Urcamp

O mês de outubro é muito especial e aguardado pelas crianças, isso porque é uma data em que os pequenos adoram ganhar presentes. Mas para algumas crianças, ao invés do presente, o que pode fazer a diferença é a atenção. Um passeio, um abraço, um carinho acabam sendo muito mais fortalecedores para quem doa do que para quem recebe. É através dessas atitudes que grupos voluntários se reúnem e realizam ações em abrigos, hospitais, escolas, entre outros lugares, com o intuito de levar conhecimento, fazer o bem, motivar as pessoas e, principalmente, doar um pouco de si para ajudar o próximo, formando assim um objetivo comum: fazer do mundo um lugar melhor.
No Brasil, cerca de 48 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos, deste total, 4884 somente no Rio Grande do Sul. Os dados são de uma pesquisa realizada, em outubro deste ano, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A maioria é de crianças vítimas de violência doméstica, abandono ou por serem filhos de pais dependentes químicos. Um dos principais abrigos da cidade é a Casa da Menina, fundada há 21 anos e mantida pela Urcamp, que já atendeu, nesse período, mais de 1000 meninas com idade entre zero e 18 anos. Hoje, a casa conta com 22 meninas, porém é um número muito relativo, pois a qualquer momento pode haver um novo acolhimento.
A psicóloga da instituição, Andressa Dias, comenta que, ao chegarem na casa, as meninas recebem um atendimento individual, onde cada uma possa ser escutada e a partir disso são construídos os planos de trabalho. "O trabalho da psicologia está além da casa, a gente faz visitas domiciliares, vai nas escolas, acompanhando tudo que envolve a vida da criança, sempre em parceria com as assistentes sociais", afirma. Ela destaca que a maior necessidade das meninas, por mais que a equipe se dedique ao máximo para proporcionar tudo de melhor, é estar em uma família e de ter a sua individualidade. "Eu acho que essa sensação do abandono, é algo muito complexo e difícil para elas, pois por mais que nós tentamos suprir esse sentimento, não é a mesma coisa", explica.
Para a coordenadora da Casa da Menina, Aline Silveira, esse primeiro momento é o mais traumático, pois, às vezes, elas não querem falar, choram e a separação da família acaba sendo muito complicada. Outro aspecto indispensável é manter a integração com a comunidade, fazendo com que elas se mantenham ativas nesse meio, através de passeios, idas ao cinema ou praças e piqueniques. "Ter a possibilidade de apresentar isso para elas é algo que não tem preço, poder mostrar que é possível, não importa de onde elas vieram ou qual situação vivenciaram. Instigamos sempre que através do estudo elas irão ter tudo que merecem", conta. Em comemoração ao Dia da Criança,foram desenvolvidas atividades intituladas como Mês da Criança, em que o objetivo é realizar as necessidades colocadas pelas meninas. Segundo Aline, este será um mês bem intenso na casa, tendo em vista que além das atividades próprias também aumenta o número de ações voluntárias.
Segundo a pesquisa "Outras formas de trabalho", divulgada em 2017, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 7,4 milhões de pessoas realizam trabalho voluntário. O aumento foi de 12,9% em comparação a 2016. Para analisar a intensidade do trabalho voluntário, o IBGE considera a média de horas despedidas na semana em tais atividades. Nessa pesquisa, a média foi de 6,3 horas semanais, um pouco inferior às 6,7 do ano de 2016. Quando a análise é por região, a Norte fica na frente (7,1 horas), já com a menor média, a Sudeste (seis horas). A região Sul foi a única com aumento da dedicação ao trabalho voluntário, pois a Norte permaneceu estável e as demais tiveram queda.
No dia da entrevista, havia um grupo promovendo uma ação em alusão ao Dia da Criança. Arima Dalé é integrante do Movimento Emaús, que procura fazer essas práticas ao longo do ano por acreditar que esse é um papel que todo ser humano deva exercer. "Eu acho que todos podem vir aqui mais vezes, a gente pode fazer um pouco mais pelo outro, do que apenas doações. A questão é atenção e carinho mesmo", ressalta ela, que ainda completa: "Temos essa preocupação enquanto grupo, mas também enquanto pessoas, no sentido de ajudar alguém, mas na verdade é a gente que sai desses lugares mais fortalecidos. Com certeza é muito mais gratificante para nós do que para quem recebe".

Sorrisos contagiantes
No hospital, as ações não são diferentes. Os corredores silenciosos, onde se escuta apenas os passos das enfermeiras e médicos, ganham aos sábados um movimento diferente. Entre medicamentos, dores e doenças, uma dose de sorriso e de alegria é a maneira que o grupo Doutores Riso Frouxo encontrou para sarar a alma dos pequenos pacientes que estão internados na ala da pediatria, na Santa Casa de Caridade de Bagé.
Com objetivo de levar um pouco mais de amor, o grupo desenvolve o trabalho voluntário há pouco mais de um ano e conta com nove integrantes. "Essas horas que passamos aqui são muito gratificantes, a gente vem para dar alegria para eles e saímos contagiados e realizados. Eu sempre quis fazer participação voluntária e surgiu esse grupo. Então, senti que era a hora de participar", relatou a integrante do Sandra Mara Corrêa.
O grupo reserva um sábado do mês para averiguar como foram as atividades desenvolvidas até então e discutir o que pode ser melhorado. Deice Belmiro comenta que a motivação deles para a realização do trabalho voluntário é que traz uma alegria enorme e que assim é possível "dividir um pouquinho do amor que temos com os outros".
Ainda com seus trajes de doutora (roupas coloridas, sapatos grandes, nariz vermelho, entre outros acessórios), ela conta um pouco sobre as brincadeiras e como se sente durante a ação. "Nós trazemos bolha de sabão, amarelinha móvel, mágica, tudo para que possamos colocar um sorriso em seus rostos e alegrá-los, porque,muitas vezes, é um momento difícil tanto para as crianças como para os seus acompanhantes. É uma satisfação intensa, pois sentimos a receptividade e sabemos que o maior beneficiado somos nós", completou.
Rosane de Lima,que estava como acompanhante, disse que é a primeira vez que presenciou esse tipo de atividade, mas já aprovou e acha muito importante. "Acho que faz bem às crianças, além de trazer um pouco de conforto para quem está aqui. É um trabalho muito bonito. Eles desenvolvem brincadeiras, trazem presentes e são bem atenciosos e carinhosos. Eu gostei muito", exclamou.

Curiosidades
O Dia da Criança é uma data comemorada em diferentes países. De acordo com a história e o significado da comemoração, cada país escolhe uma determinada data e tipo de celebração.
Na África Central, por exemplo, é comemorado no dia 25 de dezembro, junto ao Natal Cristão com o objetivo de homenagear toda criançada. Já na Argentina, a data é celebrada no segundo domingo de agosto e, além da troca de presentes, que é bem parecida com a nossa, são realizadas atividades em todo país, tudo para entreter os pequenos.
No Japão, é um pouco diferente dos outros países, pois há o Dia das Meninas, comemorado 3 de março e o Dia dos Meninos em 5 de maio. Nas duas, acontecem ações especiais voltadas para as crianças, mas com algumas distinções. Na primeira, ocorre uma tradicional festa de bonecas; na segunda, as famílias expõem seus capacetes de guerra para incentivar as crianças a crescerem fortes e saudáveis.
No entanto, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) convencionou o dia 20 de novembro para se comemorar o Dia da Criança. A escolha é porque, nesse mesmo dia, em 1959, o Unicef oficializou a Declaração dos Direitos da Criança em que se estabeleceu uma série de direitos válidos a todas as crianças do mundo como alimentação, amor e educação.
Aqui, no Brasil, a tentativa de se padronizar uma data para o dia das crianças aconteceu algumas décadas atrás. Em 1923, a cidade do Rio de Janeiro sediou o 3º Congresso Sul-Americano da Criança. No ano seguinte, o Deputado Federal Galdino do Valle Filho elaborou o projeto de lei que estabelecia essa nova data comemorativa. Então, no dia 5 de novembro de 1924, o decreto nº 4867 instituiu o 12 de outubro como data oficial para celebração do Dia da Criança. Enfim, são inúmeras formas de celebrar, o que não pode é deixar este dia tão importante passar em branco.

 

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