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Frei que pretende dar a volta ao mundo realiza atividades de conscientização sobre o HIV em Bagé

Publicada em 15/10/2018
Frei que pretende dar a volta ao mundo realiza atividades de conscientização sobre o HIV em Bagé | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Frade leva bagagem em carrinho adaptado

Ao completar 40 anos, o frei capuchinho Marcelo Monti Bica começou uma jornada desafiadora: caminhar por cinco continentes, em cerca de dez anos, promovendo encontros que visam fomentar a empatia das pessoas e conscientizá-las sobre a importância da prevenção contra o HIV, vírus transmissor da Aids. Com o nome em referência à história de sua irmã, Aline, que morreu, em 2008, após negar o tratamento contra a doença, o projeto “Caminho de Aline - volta ao mundo a pé na luta contra a Aids e pela vida” foi iniciado pelo frade em 28 de agosto, em Porto Alegre, chegando a Bagé, no dia 5 de outubro.


Caminho em Bagé
No período de dez dias, antes de deixar a Rainha da Fronteira, neste domingo, quando seguiu rumo ao Uruguai, pela BR-153, frei Marcelo se instalou na casa de amigos que conheceu no período em que morou em Bagé, entre 1997 e 1999.
Bica visitou escolas, comunidades religiosas e veículos de comunicação locais, onde desmistificou boatos sobre a doença, promoveu atividades participativas e contou histórias de vida de pessoas que convivem com a Aids. “A gente tem que conversar, qualquer assunto tem que ser falado abertamente, vamos falar de sexualidade abertamente, vamos falar de diferenças abertamente”, declara o frade.
O religioso conta que, no período em que parou em Bagé, foi bem recebido e ficou contente com a participação das comunidades que visitou. No entanto, também afirma ter percebido que, assim como em outros municípios que conheceu, a cidade ainda sofre com a desinformação. 
O capuchinho dá como exemplo o desconhecimento, por parte da comunidade local, das profilaxias pré e pós-exposição, que são medicamentos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), usados como medidas de prevenção à infecção pelo HIV, antes ou até 72 horas depois do ato sexual. “Muita gente ainda não sabe disso, e é algo que pode ajudar muitas pessoas”, enfatiza.
Em suas passadas por comunidades locais, Marcelo também destacou a empatia (capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa), como fator que impulsiona as pessoas a agirem contra o preconceito e quebrarem estereótipos. Em uma das atividades propostas nos encontros, o frei fazia perguntas e pedia aos presentes que se dividissem em grupos, conforme concordassem ou discordassem com as afirmações. 
Em um destes questionamentos, os estudantes teriam que responder se pessoas “certinhas e que andam na linha” estariam propensas a contrair o HIV. “Para o meu alívio, a gurizada descordou, ou seja, não tem pessoas ‘certinhas’ ou ‘direitinhas’. Todos nós, para o HIV, temos que nos perceber como frágeis e vulneráveis”, destaca.


Caminhada
O trajeto escolhido passará por países dos cinco continentes. Para isso, Marcelo poderá contar com sua determinação, o auxílio de pessoas que desejarem ajudá-lo e seu conhecimento em seis línguas: português, espanhol, inglês, francês, crioulo haitiano e Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Em um carrinho adaptado para a aventura, o frade leva apenas o essencial para sobreviver, incluindo roupas, saco de dormir, travesseiro, produtos de higiene, medicamentos, utensílios de cozinha e materiais eletrônicos para registrar os lugares que passa durante a caminhada. 
Quando questionado sobre o motivo para viajar a pé, o capuchinho destaca que além dessa ser a forma de viajar em que mais se vê próximo das pessoas, devido ao contato direto, é, também, uma condição onde se está vulnerável. “Eu acho legal porque essa vulnerabilidade na estrada, de alguma forma, me torna sensível à fragilidade das outras pessoas e me faz perceber que todos nós somos vulneráveis a alguma coisa. Perceber-se frágil, é uma força”, declara.
A intenção do frei é evitar as rodovias, buscando por alternativas com estradas de chão. “Eu acho que é menos monótono que no asfalto. Parece que tu está mais próximo da natureza e tem mais coisas pra ver”, explica.


Trajeto
O religioso já fez o planejamento para os próximos três anos. Em seu primeiro ano de caminhada, o frade planeja desbravar mais sete países da América do Sul, sendo eles: Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. 
No segundo ano, o religioso passará por outros nove países da América Latina: República Dominicana, Haiti, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala e México. Ainda neste período, tentará conseguir visto nos Estados Unidos e abrirá caminho para o Canadá, onde pretende se encontrar com uma das suas principais inspirações para a jornada,o aventureiro Jean Béliveau, que, entre1999 e 2011, caminhou, aproximadamente, 75 mil quilômetros e conheceu 64 países.
No terceiro ano da jornada, após finalizar seu percurso nas Américas, Bica viajará para o continente africano, onde atravessará Senegal, Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné Conacri, Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim, Gana, Togo, Nigéria, Camarões e Gabão.
Durante este período, Marcelo decidirá os próximos continentes e países a visitar, antes de voltar para o Brasil, onde finalizará o percurso. 



Estrutura
O projeto “Caminho de Aline” está estruturado em três etapas, isto é, a já feita preparação física, econômica e organizacional; a caminhada prevista para aproximadamente dez anos e um período de três anos de partilha de experiências após a caminhada.
São previstas três equipes com atribuições distintas, sendo uma para a administração e captação de recursos, outra para planejamento geográfico e relações internacionais e um grupo responsável pelas atividades ligadas à comunicação.
Quem se interessar em auxiliar o projeto, de alguma forma, pode entrar em contato com Marcelo, através do WhatsApp: (51) 98508-6678.

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