Editorial
Prazo para os combustíveis fósseis
Muito se projeta, ao longo dos últimos anos, substitutos para mecanismos que utilizem combustíveis fósseis como base para funcionamento. Aliás, o setor elétrico vem se transformando, em nível nacional, em boa parte devido a isto. Investimentos em projetos eólicos e, ainda, de forma mais comedida, a partir do setor fotovoltaico, têm ganhado uma parcela significativa da atenção dos leilões de energia abertos pelo governo federal. A meta, na prática, é diminuir a poluição ao meio ambiente, mas, ao mesmo tempo, garantir a funcionalidade, do ramo que seja, devido à possibilidade de finalização das reservas minerais conhecidas ou existentes.
Neste âmbito, porém, há um setor, considerado um dos principais motivadores do chamado efeito estufa, que pouco geraram alterações mais impactantes. Trata-se do ramo automotivo. Por mais que fabricantes desenvolvam projetos de veículos híbridos, na atualidade, preços acima da média tornam o setor nem tão atrativo ao consumidor. Isso, porém, pode mudar de forma derradeira no Brasil.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, ontem, um projeto de lei que proíbe a venda de veículos novos com motor a combustão a partir do ano de 2060. A iniciativa, agora, parte para análise da Comissão de Meio Ambiente (CMA), para decisão terminativa.
A expectativa, apesar de projetar um final para a fabricação de veículos, prevê uma mudança gradual: a partir de 2030, 90% dos veículos vendidos poderão ter tração automotora por motor a combustão. O percentual passará para 70% em 2040 e para apenas 10% em 2050. Dez anos depois, a proibição será total. A vedação, porém, estima uma única exceção: não se aplica a veículos movidos exclusivamente por biocombustíveis.
O objetivo é o mais simples possível: diminuir o consumo de combustíveis fósseis (como gasolina e óleo diesel) e, consequentemente, a emissão de poluentes atmosféricos. O prazo, por sua vez, deve garantir tempo suficiente para adaptações. O fato é que, favoráveis ou não a iniciativa, os estoques existentes para abastecer os veículos atuais tendem a acabar, cedo ou tarde. Nada mais lógico que alternativas surjam e, claro, sejam acessíveis ao grande público.
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