Esportes
Conselheiros do Guarany discutem sobre venda de Jailson
Uma assembleia realizada na noite de quarta-feira, no Guarany, serviu para que os conselheiros e o presidente do clube, Pedro Trindade Martins (Sabella), discutissem a respeito da transação do volate Jailson, do Grêmio de Porto Alegre para o futebol turco. O grupo reuniu-se com o advogado Glauco Pantojo de Godoy, de São Paulo.
Jailson, que passou pela Chapecoense e conquistou, com o Grêmio, a Copa do Brasil, Libertadores, Gauchão e Recopa, foi vendido ao Fenerbahçe, da Turquia. O jogador, de Caçapava do Sul, começou no alvirrubro em 2012, após ser descoberto em uma peneira. A negociação do atleta começou no mês de agosto. Segundo o mecanismo de solidariedade da Fifa, os times formadores do jogador têm direito a até 5% do valor em transferências internacionais.
Sabella conta que, durante a reunião, o advogado explicou aos alvirrubros sobre o processo necessário para que o Guarany receba o valor. "Foi esclarecido que o clube tem direito a 0,5% do valor bruto da venda para cada ano de formação do atleta. No caso do Jailson, são dois anos no Guarany", comentou.
Godoy não falou em valores. Para isso, conforme o presidente, seria necessário saber exatamente o valor da transação. A imprensa nacional, entretanto, chegou a relatar que o volante teria sido vendido por quatro milhões de euros, cerca de R$ 19 milhões.
O grupo deve decidir, até a próxima semana, se vai contratar Godoy para representar o clube. O presidente conta que, na reunião, o profissional afirmou que o processo deve ser rápido e pode durar cerca de 30 dias.
Parte do grupo está, agora, responsável por pesquisar a respeito do profissional, para decidir sobre a contratação. Outros conselheiros devem procurar a Justiça do Trabalho para resolver questões trabalhistas pendentes. Isso, para evitar que o dinheiro seja bloqueado assim que for depositado na conta do Guarany.
O presidente afirmou que, recebido o valor referente ao mecanismo de solidariedade, há duas prioridades definidas. Além de pagar as dívidas trabalhistas, o Guarany deve adquirir um ônibus para as viagens. Sabella lembrou, também, que não era necessário convocar os conselheiros para tal decisão, mas decidiu fazer a assembleia para não ser um presidente autoritário diante de uma decisão importante para o clube.