Cidade
Mais de duas mil pessoas participam da Oktoberfest da Trigolândia
A 18ª edição da Oktoberfest da Trigolândia movimentou o final de semana na Hulha Negra. Mais de duas mil pessoas passaram pelo Clube Concórdia durante os três dias de evento, que encerrou na noite de ontem, após um dia de intensa atividade cultural.
Ester Koester, organizadora do evento, destaca que a principal atração do evento é o café colonial, realizado sempre na tarde do último dia. Ao todo, mais de 85 variedades de produtos encheram uma mesa com 10 metros de extensão, oferecendo aos visitantes as delícias típicas dos colonizadores como cucas, pães, bolos, chimias e salames. Ao todo, foram servidos mais de 700 cafés coloniais durante o evento.
Ainda no domingo, os jogos germânicos também chamaram a atenção dos visitantes, além da dança típica, a polinésia, em que os colonizadores relembram suas origens de forma artística. Além disso, a figura central da festa foram os três mil litros de chopp consumidos pelos visitantes durante o final de semana de sol e clima ameno.
Aos 72 anos, Helmut Koester foi a figura central da criação do evento. Idealizador e organizador do evento desde a primeira edição, ele, agora, participa como espectador. Por questões de saúde, deixou a organização do evento há três anos. No sábado, enquanto aproveitava a tarde de sol e o movimento da festa, emocionou-se ao relembrar a primeira edição da festa, realizada em 2001. Ele relembra que, em 20 dias, idealizou e organizou todo o evento, que foi realizado no salão da igreja da Trigolândia, já que era o representante da comunidade religiosa à época.
Desde a primeira edição, buscaram resgatar as origens culturais dos colonizadores alemães celebrando a música, a culinária e a expressão artística do povo. Uma das ferramentas para isso foram os jogos germânicos, que ocorrem desde a primeira edição. "Já o café colonial começou no segundo ano da Oktober, em 2002, e a festa se firmou e começou a crescer", recorda ele.
Helmut recorda, ainda, que a Oktoberfest chegou a crescer 30% em relação às primeiras edições. E este número poderia ser maior, se a cidade tivesse estrutura para alavancar o turismo. "A festa só não cresceu mais porque a cidade não tem hotel para o pessoal que vem de fora, tem apenas uma pousada. Mas mesmo assim, vem muita gente de outros lugares para passar o dia, como Dom Pedrito, Pinheiro Machado, Caçapava do Sul, Aceguá e até do Uruguai", destaca ele.
Com lágrimas nos olhos, ele aponta com orgulho para a filha, Ester, responsável por manter o legado cultural iniciado pelo pai. "Agora é tudo com ela. Ela que faz isso aqui acontecer", ressalta.