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Comércio projeta abertura de vagas após as eleições
A sensação de instabilidade ainda toma conta dos comerciantes de Bagé em virtude das eleições. A expectativa é realizar contratações temporárias para o final de ano a partir de novembro. Segundo os resultados da Pesquisa de Temporários 2018 da Fecomércio-RS, as contratações no varejo gaúcho devem aumentar em 33,1% a força de trabalho dos estabelecimentos. Também, em comparação com o ano anterior, 54,1% dos estabelecimentos devem contratar a mesma quantidade de funcionários e 18,9% deles buscarão mais pessoas. Das vagas que estão sendo abertas, 87,8% serão destinadas para as áreas de vendas e comercial e 20,8% para as funções de caixa e crediário.
Depois de dois anos com pouca expectativa na abertura de vagas temporárias para o final do ano, em 2017, o comércio de Bagé ficou otimista e, este ano, a expectativa se mantém, apesar de não ter sido um ano muito promissor para o varejo. No Estado, a projeção é abrir 15 mil vagas.
Conforme o gerente de uma loja de confecção e calçados, Matheus Lago, a partir da segunda quinzena de novembro, serão abertas sete novas vagas na empresa, repetindo o número do ano passado. Ele salienta que a loja está se preparando para a black friday, que acontece no final de novembro, e para a remodelação do espaço, programada para o início de 2019. "Mesmo que o ano não tenha sido como esperávamos, estamos otimistas para o fechamento dele", disse. O gerente ressalta que, no ano passado, foram abertas sete vagas e três funcionários foram efetivados.
A mesma estimativa de vagas será aberta no setor de bazar e presentes. De acordo com a proprietária de um estabelecimento, Elaine Santos, haverá um reforço na equipe de pelo menos quatro pessoas. Ela salienta que abriu um novo espaço na loja há quatro meses e já projeta a venda de Natal e de material escolar.
Elaine comenta que, apesar da crise econômica e política que o País vive, as vendas tiveram uma retração, mas não foram ruins. "É um período de transição política e as pessoas ficam receosas, mas tenho esperança de dias melhores para o comércio", diz.
No setor de móveis e eletrodomésticos, o número de vagas temporárias é um pouco menor. Conforme o gerente de uma loja do ramo, Augusto Meneses, as contratações dependem da estabilização da economia. Mesmo assim, a expectativa é de contratação de dois funcionários para o final de ano. "Recebemos currículos, diariamente, que são encaminhados para a matriz", conta.