Pauta Especial - Curso de Jornalismo
13ª Mostra de Iniciação Científica Jr. traz euforia para o último dia do Congrega 2018
Por Gabriel Munhoz, acadêmico de Jornalismo
A 13ª Mostra de Iniciação Científica Jr. - MIC Jr. abriu o quinto dia do Congrega 2018. A atividade buscou integrar e valorizar trabalhos de pesquisa que estão sendo desenvolvidos nas escolas de ensinos Médio e Técnico. No total, foram 58 trabalhos inscritos.
A coordenadora do MIC Jr., também coordenadora do curso de Administração da Urcamp, professora Rita Jorge, relata que os estudantes têm uma grande competência e que muitos já possuem as habilidades de pesquisa científica antes mesmo de entrar para o Ensino Superior. "A ideia é promover e incentivar o espírito da pesquisa e da iniciação científica já dentro da escola", conta.
Assim como acadêmicos de graduação apresentam seus trabalhos na Mostra de Iniciação Científica, a MIC Jr. é onde os estudantes mais jovens também têm a oportunidade de mostrar suas pesquisas que, no futuro, podem ser apresentadas como trabalhos acadêmicos ou até TCC. "Eles fazem um esforço enorme, pois estão longe da sede onde acontece o evento. Eles se inscrevem, submetem o trabalho, mandam fazer seus banners, se organizam para sair cedo de suas cidades. É realmente um trabalho que requer muito empenho", destaca Rita.
Apesar de ter a participação de diversas instituições de ensino da região, a grande maioria dos trabalhos apresentados são de colégios da Urcamp. Mais de 40 resumos foram submetidos por alunos dos campi de Alegrete, Dom Pedrito, Santana do Livramento e São Gabriel.
O grande premiado da MIC Jr. foi o Colégio Raymundo Carvalho, da Urcamp de Alegrete, que levou todos os prêmios. Em primeiro lugar, o trabalho “Confecção de protótipos de ecobags a partir do aproveitamento de fibras naturais”. Em segundo lugar, dois trabalhos ficaram empatados, sendo “A cicatriz do nazismo na sociedade gaúcha” e “Uso de séries e filmes para conhecer a história: vantagens e desvantagens”. O trabalho premiado em terceiro lugar foi “As implicações de ética e moral no cotidiano da sociedade atual”.
Viagem pela pesquisa
A sexta-feira começou cedo para alunos de todas as regiões. Começando por Dom Pedrito, a 60 km de Bagé, onde as jovens Helena Pasinato, Liana Cardoso, Bárbara Seccon, Isadora Cielo e Maria Eduarda Bastos, todas do Colégio da Urcamp, se organizavam para trazer seu trabalho sobre estruturas escolares para pessoas com deficiência.
Da Capital da Paz, cerca de 90 quilômetros até a cidade de Santana do Livramento, onde Amanda Hertzog e Rodrigo Guerra, do Colégio da Urcamp daquela cidade, estudavam um pouco do seu popular portunhol, que nada mais é o dialeto que mescla português e espanhol, corriqueiro na região de fronteira.
Saindo da Fronteira da Paz, avançaram cerca de 160 km até chegar em São Gabriel, onde Pauline Carpes e Júlia Brabos, do Colégio da Urcamp desta cidade, questionam em sua pesquisa o que aconteceria com o Rio Grande do Sul se os gaúchos parassem de consumir carne.
Por fim, mais 190 km até Alegrete, Manoel Peres e João Vítor Wasquevite, ambos do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Raymundo Fagundes, trouxeram uma pesquisa sobre as etnias de jogadores das seleções europeias, onde analisam fatos como a colonização da África e da América pela Europa e o racismo na Europa.
Nem todos os trabalhos precisaram viajar muito. A estudante Fernanda Spenst, da Escola Pioneira, precisou percorrer apenas uma hora para apresentar seu estudo sobre a diversidade das aves de Aceguá. Desde 2015, ela realiza um levantamento sobre quais espécies existem na região, do que se alimentam, sua reprodução e tempo de vida.
Por outro lado, a bajeense Isadora Louzada e suas colegas, do Colégio Franciscano Espírito Santo, precisaram apenas alguns quarteirões para apresentar seu trabalho sobre bullying no período escolar, tema muito importante e que vem ganhando muita visibilidade no mundo.