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Só sei que nada sei

Publicada em 09/11/2018

 

Adriana Di Lorenzo

adridilorenzo@uol.com.br

 

Só sei que nada sei é uma conhecida frase do filósofo grego Sócrates. Alguns pensadores e filósofos contestam que Sócrates dissera a frase dessa maneira. Porém, não há dúvida que o conteúdo seja associado a ele.

Não sei como foi para Sócrates fazer essa afirmação naquela época, mas sei que, hoje, ela não pegaria bem.

Atualmente, todos sabem sobre tudo. Com a chegada da internet e do famoso Google temos a informação que queremos, na hora em que queremos.

O que surgiu para facilitar a nossa vida, realmente, facilitou. E como. Mas também, de alguma forma, nos tornou arrogantes e especialistas em tudo. Somos professores, médicos, psicólogos, advogados, veterinários e por aí vai. Somos doutores em todas as áreas. Inclusive, muitos agem como se tivessem chegado ao saber absoluto. Como se ele existisse!

Admitir nossa ignorância como Sócrates fez, é admitir que não temos domínio sobre o mundo. Esse mundo vasto mundo, de Drummond, que também é nosso lamento informar, é dinâmico, inclusive, em nossa área de conhecimento.

O cientista inglês Stephen Hawking, que ocupou a mesma cadeira de Isaac Newton na Universidade de Cambridge, negou em público uma de suas mais importantes teorias em 2004. Em uma plateia de 600 astrofísicos e matemáticos, na 17ª conferência sobre Relatividade e Gravitação, na Irlanda, sem vergonha nenhuma, admitiu que sua teoria estava errada.

Para poucos, não?

Não somos Hawking, mas se tivéssemos ou tentássemos ter a mesma consciência e humildade dele, entenderíamos que o conhecimento avança independentemente de estarmos certos ou errados.

Nossa postura de detentores do saber nos limita. Impede nossa evolução. Estudamos menos, escrevemos menos. Não conseguimos aprender com o outro. Não toleramos opiniões diferentes. Não aceitamos nossos próprios erros e, assim, perdemos a oportunidade de crescer.

O trabalho desenvolvido por Freud no final do século XIX chocou-se violentamente com as opiniões da época. Freud criou uma nova abordagem para o tratamento de doentes mentais. Para chegar à Psicanálise, Freud leu e escreveu muito. Suas obras completas preenchem 24 volumes e incluem conferências, ensaios, cartas. Elaborou conceitos importantíssimos usados até hoje.

Os pós-freudianos surgiram. Klein, Mahler, Kohut, Lacan, Winnicott, Bion. Novos psicanalistas seguem dialogando com outras áreas do conhecimento. Percebemos que a Psicanálise, vem passando por rearranjos, com o intuito de seguir evoluindo, ampliando seu campo de ação, e se adaptando às necessidades de uma sociedade exposta constantemente a novas tecnologias e novas angústias. São novos desafios!

Precisamos avançar. E, para isso, precisamos ler mais Sócrates. Quem sabe assim, entenderemos o que ele quis nos dizer.

                                                                               

 

 

 

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