Campo e Negócios
"É preciso trabalhar uma agenda de desenvolvimento e competitividade", diz Eduardo Leite na Farsul
O governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, esteve na Farsul, na noite de segunda-feira, para falar a um grupo de representantes da entidade sobre os seus planos para o Estado. O tucano iniciou a sua explanação afirmando comungar com o valor do respeito à propriedade privada como fator de desenvolvimento econômico fundamental. "O Estado deve proteger essas propriedades para incentivar investimentos e fazer a economia girar. O resultado disso será o desenvolvimento econômico, inserção social e qualidade de vida", afirmou.
O futuro governador ressaltou que o novo governo precisa tratar da crise, mas, para solucioná-la, não pode ficar encurralado somente nessa pauta. "É preciso trabalhar uma agenda de desenvolvimento e competitividade", disse. Leite reforçou o respeito ao agronegócio como mola propulsora do desenvolvimento no Estado.
A agenda da competitividade terá entre as suas prioridades a melhoria da infraestrutura. "Buscaremos parceria público-privadas para viabilizar investimento na área, reduzir o custo de tarifas portuárias e garantir o escoamento de toda a produção gaúcha pelo Porto de Rio Grande", completou.
Leite também garantiu que buscará reduzir a burocracia na liberação de licenciamentos para tornar o processo mais ágil. "Faremos a inversão da lógica da desconfiança para uma lógica de confiança. Temos interesse de que essa vocação empreendedora gaúcha seja aproveitada. O impacto social de cada empreendimento que não sai pela morosidade é muito grande", destacou. Ele sintetizou o seu pensamento com relação às funções de um governo com relação à economia. "Somos Estado de gente que faz, precisamos de um governo que deixe fazer", disse.
Gedeão Pereira, presidente do Sistema Farsul, ressaltou que o Rio Grande do Sul chegou no limite e que é a hora de focar em serviços básicos e essenciais típicos de Estado, como educação, saúde, segurança e infraestrutura. "Para olhar para essas áreas, essa máquina precisa ser enxugada", disse. Ele afirmou que a estabilidade do funcionário público é um instrumento ultrapassado, o que também precisa ser repensado. "Pensamos que o Estado terá a gestão de alguém habilitado com coragem e juventude para enfrentar essa situação. Estamos no pensamento de ajudar o que for possível, dentro da nossa lógica e pensamento", concluiu.
Participaram do encontro, também, o vice-presidente da Farsul, Elmar Konrad, o vice-governador eleito, delegado Ranolfo Vieira Júnior, o diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, o superintendente da Casa Rural, José Alcindo de Souza Ávila, o superintendente do Senar, Gilmar Tietböhl, diretores e presidentes de sindicatos.