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Aeroclube de Bagé realiza voo teste para retomada dos cursos de aviação
A quarta-feira, dia 14, foi marcante para a diretoria do Aeroclube de Bagé. Após 18 anos, foi realizado um voo teste de planador, visando a retomada dos cursos de aviação. As atividades da entidade foram revogadas em fevereiro de 2017, devido a mudanças no Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica (RBHA). Desde então, a diretoria estava realizando adaptações exigidas para a retomada dos voos no local.
Conforme o presidente da entidade, Luiz Antônio Peck Stobbe, a diretoria está realizando todos os tramites burocráticos há mais de seis anos. Ele comenta que, em outubro do ano passado, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a liberação da pista do aeródromo e, após as vistorias nas aeronaves em uma oficina especializada, foi realizado o voo teste. "Depois desta etapa, haverá uma vistoria no local para a retomada dos cursos de piloto", disse.
Para a atividade, foram convidados dois pilotos de fora de Bagé. Um deles, o instrutor de voo na escola de aviação de Torres, Rogério Pereira, 26 anos, foi responsável pelo reboque do planador. O piloto tem oito anos de experiência.
Além dele, o piloto Luciano Gasperin, de 56 anos e 40 de experiência no ramo, que pertence ao Aeroclube de Bento Gonçalves, fez a verificação da aeronave e disse que o voo de planador é muito seguro. A aeronave utilizada foi uma Nhapecan, de dois lugares, usada para a instrução de pilotos. "O planador é o início do encanto e o piloto usa a sensibilidade para o manejo", comenta.
Conforme o piloto agrícola e diretor técnico do Aeroclube, Marcus Vinícius de Paula da Silva, o voo teste marca a retomada do aeródromo. Ele disse que muitos jovens nunca viram um planador em funcionamento e a volta dos cursos, além de formar pilotos, pode preparar mão de obra para a aviação comercial.
Última fase
Em junho deste ano, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo, do Comando da Aeronáutica, aprovou o Plano Básico de Zona de Proteção do local do Aeroclube de Bagé. O planejamento é utilizado para garantir a segurança nos arredores dos aeroportos, estabelecendo área exclusiva para voos, restringindo a construção de edifícios em alturas que possam colocar em risco os seus ocupantes ou impactar a segurança dos voos. É por meio da observação desses planos, explica Stobbe, que se tornam possíveis as visualizações em um mapa tridimensional sobre o aeroporto, sobre a área e quais os limites observados para o distanciamento, além de indicar as alturas das edificações da redondeza.