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Publicada em 17/11/2018
O rio Camaquã banha parcialmente ou totalmente 28 municípios, localizado a sudeste do Rio Grande do Sul, nasce em Torquato Severo no município de Dom Pedrito e deságua em uma das maiores lagoas do mundo (Lagoa dos Patos). O rio está sendo alvo de um projeto de mineração de grande envergadura, que poderá impactar fortemente toda a região da Bacia Hidrográfica, levando em consideração que o empreendimento e os seus rejeitos, estarão localizados a 800 metros das margens do rio, exatamente entre o Passo dos Enforcados e a desembocadura do Arroio Velhaco, (ambos no limite dos Municípios de Bagé e Caçapava do Sul). Os impactos que o rio deve sofrer incluem desde a retirada total da vegetação e expulsão da fauna, passando pela disseminação de doenças oriundas de contaminantes como metais pesados, o chumbo e o mercúrio. A região é considerada como um dos centros de endemismo de plantas no território sul-riograndense e no Brasil, e também é considerada pelo Ministério do Meio Ambiente como uma área prioritária para conservação, além de ser reconhecida como uma das quatro zonas prioritárias de preservação da biodiversidade do RS, assim definida pelo governo do Estado. Geologicamente, a região é a mais antiga do Estado conhecida por Escudo sul-riograndense (Serra do Sudeste) composta por formações de mosaicos de vegetação florestal (subarbustiva, arbustiva e arbórea) e vegetação campestre (herbácea) além de banhados e formações rochosas (vegetação saxícola). Há existência de uma fauna diversificada que reúne espécies migratórias de aves em perigo de extinção como o papagaio-charão, o maracaña, o tucano-toco, a gralha azul, e várias outras espécies de pássaros, garças, maçaricos e jacus, cabe salientar que nas Guaritas, já houve a extinção da arara-azul-de-lear que foi descrita para a região de Caçapava do Sul há mais de 100 anos. Em relação à fauna de médio e grande porte, na região ocorre cervos, tamanduá-mirim, lobo-guará, jaguatiricas, sussuarana, gato-mourisco, gato-do-mato entre outros, isso faz com que a região seja ameaçada pelos impactos que serão causados com a retirada da vegetação, onde serão destruídos os habitats de reprodução e nidificação das espécies citadas acima.
Para saber mais entre em contato com o curso de Ciências Biológicas da Urcamp pelo fone 3242-8244 (ramal 212).
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