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Cinejornal: laboratório de formação audiovisual

Publicada em 17/11/2018
Cinejornal: laboratório de formação audiovisual | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Acadêmicos assumem função que coloca aprendizagem teórica na prática

por Vinícius Silva

Na pós-modernidade, a informação flui de forma tão dinâmica que a ciência já começa a questionar se esse nível de estímulo é saudável. Na era da internet e dos eletrônicos, são inúmeras as maneiras de saber as notícias, por exemplo. Isso traz a questão de como as pessoas faziam para se manter atualizadas em outros tempos. Além dos impressos, uma peça foi fundamental para a disseminação da informação antes do advento da televisão: o Cinejornal. Retomando a antiga tradição, o Festival Internacional de Cinema da Fronteira registra, anualmente, o resumo diário dos acontecimentos do evento. De quebra, proporciona uma oportunidade para que estudantes do curso de Jornalismo da Urcamp coloquem em prática seus conhecimentos. De 27 de novembro a 2 de dezembro, a Fronteira se transformará novamente em laboratório pedagógico.

Parceria

Cinejornal era um filme curto documental, exibido em salas de cinema. Foi uma das principais fontes de atualidades, notícias e entretenimento até a chegada da televisão, na década de 1950. Essas peças são documentos históricos, pois trazem o registro audiovisual de muitos acontecimentos daquele tempo. Dentro do Festival da Fronteira, desde a quinta edição, o material é desenvolvido pelos alunos de Jornalismo. "Em 2013, assumimos a produção do Cinejornal, que é desenvolvida na disciplina de Cinema", aponta Glauber Pereira, coordenador do curso. "O projeto é ótimo enquanto teoria do cinema e do audiovisual. Além disso, proporciona a experiência prática e serve para os alunos como horas complementares", acrescenta Pereira, enfatizando que a atividade faz parte do projeto pedagógico da instituição.

Com a parceria consolidada, o desafio é ampliar a atuação do curso no evento. "A ideia, para os próximos anos, é abrir espaço para atividades de cineclubismo, com exibição de filmes nacionais no Teatrinho da Urcamp, debatendo com especialistas os temas propostos. Cada debate vai gerar um artigo e, ao final de um ano, teremos material suficiente para editar uma revista, por exemplo", sugere o coordenador, que destaca que a ação faz parte dos planos da universidade para reativar o espaço. "Também podemos desenvolver oficinas voltadas para o audiovisual. Além de promover conhecimento, é outra fonte de material para a Mostra Regional do festival", finaliza.

Já Zeca Brito, idealizador do evento, destaca que o Cinejornal é o registro do encontro entre o Festival da Fronteira e estudantes de jornalismo. "Depois de acontecer como evento, ele passa a existir in memoriam, e a maneira mais direta e objetiva de rememorá-lo é através dessa narrativa, construída na perspectiva de quem está trabalhando com registro audiovisual", destaca. "As edições anteriores serão relembradas e dimensionadas, no futuro, através das imagens do Cinejornal", avalia.

Experiência

Getúlio Vargas é considerado o pai do cinema brasileiro, pois, através de financiamento e leis, permitiu a uma gama imensa de profissionais do audiovisual trabalho e alguma estabilidade financeira. Já naquela época, havia a preocupação com a importância da imagem na conquista das massas. Parafraseando o caudilho, "o cine será o livro de imagens luminosas em que nossas populações praieiras e rurais aprenderão a amar o Brasil". Hoje, o Cinejornal é a ferramenta que ensina a diversos estudantes o beabá da produção audiovisual. É o caso de Halana Oliveira, que cursa o 8º semestre de Jornalismo. Ela destaca que despertou de verdade para a profissão que escolheu a partir da participação no Festival da Fronteira. "Foi muito importante para mim porque foi no Cinejornal que fiz minha primeira entrevista, e logo com o (cantor) Chico Chico". Ela também fez o papel de assessora de imprensa da atriz Zezita Mattos em sua passagem por Bagé. A estudante destaca o caráter não convencional da produção. "É uma experiência fantástica, pois nos permite buscar além do óbvio, algo que não seria notícia em outras mídias", reflete. Para ela, a experiência é multidisciplinar. "É uma atividade que une tudo: desenvolvimento do texto, produção de imagens, pesquisa e até rede social". Halana também exalta o convívio com artistas e profissionais de diversas áreas ao longo do evento. "Essa troca de informações agrega muito no aprendizado", conclui.

Conhecimento

Uma das principais missões de uma universidade é gerar conhecimento e aplicá-los na realidade. Com a ajuda do Festival da Fronteira, isso já está virando realidade. A participação na produção do Cinejornal inspirou o estudante Fábio Quadros, formando em Jornalismo, a desenvolver seu trabalho de conclusão de curso. "Minha primeira curiosidade foi saber se Cinejornal era só um nome que relacionava notícias e o evento ou se havia algum significado maior na junção dos termos", pontua Quadros, cujo trabalho terá o título 'Cinejornal enquanto produto jornalístico: o desafio de se manter vivo frente ao ambiente de informação instantânea'. "Acabei descobrindo o gênero e pretendo falar da sua ressignificação, buscando encontrar o ponto onde jornalismo e cinema se encontram", acrescenta. Ele também destaca a junção de teoria e prática. "É muito bom porque aprendemos, aplicamos o conhecimento e vemos o resultado". Quadros aponta que a experiência rendeu frutos. "Tive algumas oportunidades de trabalho a partir do que aprendi lá", avalia.

Expectativa

Para quem está chegando, a oportunidade de desenvolver um trabalho que servirá de registro histórico é grande. É o caso dos estudantes Murilo Alves e Gabriel Machado, do 6º semestre de Jornalismo. "Estamos empolgados porque é uma grande experiência para a profissão", acredita Machado. "O novo currículo do curso traz mais atividades práticas. Produzindo o Cinejornal, temos a experiência com coisas que só a prática traz, como o cumprimento de prazos, por exemplo", completa Alves, natural de Santana do Livramento. Ele estará na estreia do Festival da Fronteira, que acontece na fronteira Livramento e Rivera dia 27 de novembro. "Também acho importante o convívio com o 'Jef' (Jeferson Vainer, editor de imagens do laboratório de TV da Urcamp), que é um cara que tem muita bagagem. Essa experiência também agrega muito", finaliza.

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