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Direito da Urcamp: tradição de quase meio século na formação de profissionais

Publicada em 17/11/2018
Direito da Urcamp: tradição de quase meio século na formação de profissionais | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
(CAPA) Simões Pires é recepcionado em Bagé após reconhecimento do curso em Brasília

Por Augustho Soares, estagiário do Jornal Minuano

Em 18 de novembro de 1969, há exatos 49 anos, se concretizava um antigo anseio da comunidade bajeense. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) autorizava a criação do curso de Direito da Urcamp, na época denominada de Faculdades Unidas de Bagé (FunBa).
A medida se deu a partir de uma mobilização feita por Attila Taborda, fundador da FAT/Urcamp, junto ao seu filho Tarcísio e a outras figuras importantes no meio acadêmico da época, como o professor Carlos Rodolfo Moglia Thompson Flores, o qual se tornaria o primeiro diretor da Faculdade de Direito.
A professora Lia Maria Herzer Quintana, reitora da Urcamp e presidente da FAT, destaca que o diferencial do curso é sua qualidade e tradição, com quase 50 anos de história, formando grande maioria dos profissionais atuantes no mercado regional, além de destaques nacionais. “A Urcamp oferta a qualidade do curso. Uma estrutura diferenciada, que traz novas tecnologias, com profissionais qualificados e experientes”, afirma.
Para celebrar o marco histórico dos 50 anos do curso, em 2019,  uma programação especial está sendo planejada pela Urcamp. A primeira celebração referente à data, por exemplo, uma palestra sobre as Reformas Trabalhistas, feita pela desembargadora Vânia Cunha Mattos, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), lotou o auditório do complexo cultural do Museu Dom Diogo de Souza, no dia 9 de novembro. Agora, novas celebrações ocorrerão.

Primeira turma

As aulas da primeira turma do curso de Direito foram iniciadas de março de 1970. A Aula Magna, naquele ano, foi proferida no dia 23 de março, pelo deputado Tarso Dutra, ex-ministro da Educação, que abordou a Reforma Universitária e as realizações do governo Costa e Silva. A graduação começou com quase 60 alunos, dos quais, 48 se formaram bacharéis, em 1974. O advogado e escritor João Bosco Abero, 83 anos, foi orador da primeira turma de Direito. “A primeira turma teve um toque todo especial”, afirma.
Abero lembra que a criação do curso, em muito se deve aos esforços de pessoas como Attila, Tarcísio e Rodolfo, que foram preponderantes para a conquista tão esperada pelos bajeenses. “Foi uma coisa extraordinária. Havia um grupo de pessoas, entre as quais eu me incluo, que tinha um curso secundário completo, mas que tinham parado no meio do caminho. Pessoas ainda jovens, mas já entre seus 30 ou 40 anos. Essa oportunidade era indispensável para toda essa gente”, declara.
O orador também salienta a importância do professor Davi Ulisses Simões Pires, segundo diretor da Faculdade de Direito, para o reconhecimento da graduação pelo MEC, dado em 1974. “A gente estava se formando e a faculdade ainda não estava reconhecida. Então, ele viajou para Brasília em busca desse reconhecimento, e quando chegou (a Bagé), de avião, teve uma recepção especial no aeroclube”, relembra.
Quando questionado sobre a importância da faculdade em sua vida, o advogado revela que a graduação funcionou como um momento de luz, em uma época sombria. “Fui preso três vezes, vivíamos em plena ditadura. O doutor Attila e o professor Rodolfo eram liberais, então, dentro das limitações impostas pelas circunstâncias, ainda em pleno regime de exceção, a faculdade era uma zona de luz”, declara. “A inserção, a beleza do convívio. O clima universitário é algo fantástico, é uma coisa insubstituível. Quem passa por isso sabe que marca profundamente a vida de todo mundo”, enfatiza Abero.
O advogado e historiador Cláudio de Leão Lemieszek, 68 anos, também fez parte da primeira turma de Direito da Urcamp, além de ter sido parte do corpo docente da graduação. Ele explica que logo após concluir o curso, em dezembro de 1974, foi convidado para substituir o professor Simões Pires, que se tornaria diretor da Faculdade de Direito. “Eu não tirei férias, fiquei apavorado. Fui preparar aula, não sabia como fazer, então me espelhei naqueles que tinham me dado aula”, revela.
Sobre a vida de estudante, Lemieszek destaca que a realidade do início do curso era diferente de outras faculdades do Estado, pois o mesmo era formado por pessoas mais velhas e com vidas profissionais encaminhadas. “Eu era o mais moço da turma, por volta de meus 18 ou 19 anos. Para mim, foi um pouco mais impactante porque eu vinha dos bancos da PUC e da Unisinos, em que todos os alunos eram jovens como eu, e aqui a média era de pessoas acima dos 30 anos. Eram delegados de polícia, exatores, escrivães, oficiais de registro de imóveis, contadores, entre outros”, relata.
Segundo Lemieszek, a instalação do curso, em Bagé, deu certo incremento ao município, desde seu vestibular, já que os hotéis ficaram lotados com pessoas de diversos lugares do Rio Grande do Sul. “Foi tanta gente que concorreu que o vestibular foi feito na rampa e nos corredores do bloco B”, relembra.
De acordo com reportagem do jornal Correio do Sul, publicada no dia 3 de fevereiro de 1970, eram esperados para o vestibular mais de 600 alunos de Bagé e de outros municípios gaúchos, além de Santa Catarina e Paraná, para provas que davam entrada aos cursos de Direito, Letras, Ciências Econômicas, Filosofia, Pedagogia e Estudos Sociais.
O advogado também acentua o empenho dos docentes, que pela primeira vez atuavam como professores de Ensino Superior. “Talvez tenhamos sido os mais privilegiados de todos os alunos. Todos os professores deram tudo de si para ensinar bem, porque para eles também era um desafio”, frisa.

O curso
Com duração de cinco anos e 88 turmas compostas até o momento, o curso já formou mais de quatro mil profissionais, muitos com destaques em variados quadros da área, incluindo magistratura estadual e federal.
Sempre mantendo um padrão de qualidade, com boas avaliações no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o curso obteve o conceito máximo na experiência do corpo docente e no seu Núcleo de Prática Jurídica, ao ser avaliado pelo Ministério da Educação, em 2015.
Em 2016, o curso foi agraciado com selo de qualidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), um título obtido por apenas oito cursos no Rio Grande do Sul, dada a graduações que obtêm resultados acima da média no Enade e na aprovação do exame da Ordem.
O professor Heron Vaz, coordenador do curso de Direito, desde 2013, foi aluno da Urcamp entre 1994 e 1999. Ele destaca que um diferencial da graduação é a formação de seu quadro docente, onde mais de 80% dos professores são egressos da instituição de ensino. “Nunca se passou na minha cabeça que eu estaria, hoje, coordenando o curso no qual estudei. Ao mesmo tempo, eu olho os alunos e vejo que muitos nem desconfiam, mas alguns ainda serão professores aqui”, revela. “É um diferencial do curso de Direito da Urcamp, é algo que tu não enxerga nos cursos de Direito de outras cidades”, complementa.
Vaz também salienta que o Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da instituição é referência para outras faculdades do País. Coordenado pelo professor João Leonardo Marques Roschildt, o NPJ foi agraciado com a nota máxima, ao ser avaliado pelo MEC, em 2015. O espaço não apenas simula a prática jurídica, como também atua com assessoria jurídica gratuita para a população carente de Bagé e região. Em média, o órgão presta atendimentos para mais de seis mil pessoas ao ano.

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