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Leilão do estádio do Guarany não tem interessados
O estádio Antônio Magalhães Rossell foi a leilão, na tarde de ontem, mas não houve nenhum interessado na compra. O certame aconteceu das 13h30min às 14h, na Justiça Federal. O imóvel está avaliado em R$ 2,5 milhões. Quem estivesse interessado na aquisição, precisava quitar o valor total da avaliação. Além disso, o pagamento deveria ser feito de uma só vez.
Para o dia 5 de dezembro, está previsto um novo certame. Na oportunidade, o lance mínimo previsto é de 50% o valor avaliado do imóvel, ou seja, R$ 1.250.000. A negociação inclui as salas, as arquibancadas, em um terreno de 15.576 metros quadrados. O local é tombado pelo patrimônio histórico.
Os advogados do departamento jurídico do Guarany, assim como o presidente Pedro Martins Trindade (Sabella), estavam presentes durante o certame. O advogado Diego Segredo Blanco explicou que, mesmo com o indeferimento do pedido de anulação do leilão, os profissionais recorreram ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região ainda ontem. O objetivo do pedido é que o imóvel não esteja mais à disposição para lances até o próximo certame agendado.
O grupo reitera a alegação de que há dois argumentos para o cancelamento do leilão. O primeiro é que não foi feita a intimação do clube sobre a data da negociação. Também há, segundo os profissionais, dois processos de cobrança, de 1982 e 1996. Na ação mais antiga — que deveria ser considerada a principal, segundo eles — não há a previsão de penhora, e, portanto, o certame estaria irregular.
O caso
O leilão é resultado de uma ação movida pela União, em função de dívidas relacionadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS). Na tarde de quarta-feira, o clube publicou uma nota oficial na página do Facebook, afirmando que a direção havia sido surpreendida com a notícia do certame. Segundo Blanco, a cobrança é referente ao período entre janeiro de 1963 e abril de 1990, e totaliza cerca de R$ 400 mil.