Cidade
Daeb descarta possibilidade de racionamento
Nas últimas semanas, Bagé registrou temperaturas médias acima de 30°C. Para aguentar o calor, os cidadãos costumam recorrer às piscinas, ar-condicionado, muita água para hidratar e vários banhos ao longo do dia. Mas o alívio para o calor pode trazer complicações para o bolso, com consumo mais intenso de água e energia elétrica, além de diminuir os níveis dos reservatórios da cidade.
Como os bajeenses já têm experiência de longa data com estiagem, com a proximidade do verão, já começa o temor de um novo racionamento e uma observância maior do que sai das torneiras.
Segundo a Estação de Tratamento de Água (Eta), um dos dias de maior consumo na cidade foi registrado no feriado de 15 de novembro, quando os termômetros bateram temperatura superior a 30°C. Neste dia, as 43 mil unidades consumidoras do Departamento de Água, Arroios e Esgoto (Daeb) consumiram 34.562 m³. O registro de setembro apontou um consumo de 95.5423 m³; em outubro foi de 1.007.619 m³. Já em novembro, até o momento, foram consumidos 698.038 m³.
Apesar das chuvas intensas, novembro ainda não atingiu a média histórica de precipitações. Enquanto a média é de 107,86 milímetros, até agora foram registrados 81,5 mm. Mas, de acordo com a assessoria de imprensa do Daeb, isto não é motivo para receio. Como as três barragens atingiram nível máximo devido às chuvas dos últimos dias e a previsão é de que as precipitações sigam ocorrendo normalmente no decorrer do verão, não há previsão de implantação do esquema de racionamento.
Prognóstico positivo para os próximos meses
Para o verão, alguns dos principais centros internacionais de meteorologia, como do Irga, reafirmam a previsão da instalação do fenômeno El Niño, com intensidade de fraca a moderada. A previsão da configuração do El Niño para o decorrer do próximo verão tem como principal consequência para a região uma maior frequência e intensificação das frentes frias, com aumento dos episódios de chuva, maior incidência de nebulosidade e redução de luminosidade.
Dezembro e janeiro são meses com maior variação nas chuvas, ou seja, podem apresentar tanto um padrão mais chuvoso ou mais seco, com estiagens curtas (15 -20 dias). No entanto, se o aquecimento do Oceano Pacífico continuar, pode ocorrer algum transtorno com as chuvas ainda em dezembro.
Já entre fevereiro e março, deve ocorrer a entrada de frentes frias, que podem trazer temporais de granizo e chuvas intensas, principalmente em março, mês de transição entre a estação quente e fria do ano. Se o El Niño Clássico se configurar, a tendência é de mais chuvas, principalmente para a segunda quinzena de fevereiro em diante.