Editorial
Passo rumo à revita (federa) lização
Um capítulo que se estende há mais de duas décadas caminha, a passos lentos, é verdade, rumo a um desfecho. Por mais incompreensível que possa parecer, há, aqui na região, uma estrada perigosa – e fatal – e, ao mesmo tempo, sem dono. Ou seja, por mais que intervenções sejam necessárias, não existe, neste momento, um responsável definido para ser cobrado.
Este breve comentário trata de uma história com nome e sobrenome: a rodovia Miguel Arlindo Câmara. Responsável por ligar praticamente todos os bairros que compõem o município de Candiota, também é a principal via do chamado desenvolvimento industrial proporcionado por empreendimentos de energia elétrica geradas a partir do carvão mineral, matéria-prima existente em abundância na cidade.
O caso é que a via, erguida ainda quando a Companhia Estadual de Energia Elétrica dava início as operações da Usina Presidente Médici, pela própria estatal, hoje, a CGTEE assumir o comando da unidade e, mais importante, Candiota se emancipar de Bagé, não fora, ao menos de forma clara, estabelecido quem assumiria a gestão da rodovia.
Passado o tempo, a cada ano, novas intervenções urgem junto à estrutura – palco de acidentes fatais e periódicos – já calejada por décadas de existência e a circulação frequente de veículos, em especial carretas literalmente carregadas. As gestões municipais, seja ela qual for, até investiram de ações paliativas, mas, porém, a MAC jamais recebeu o devido serviço que precisa. Na Capital do Carvão, porém, existe uma ideia que poderia solucionar o impasse.
A meta é que o governo federal assuma a via, por meio da federalização. A explicação é que somente a União teria as condições financeiras de viabilizar uma empreitada sólida que, pelos poucos estudos já realizados, estaria orçada num valor próximo ao orçamento anual total de Candiota.
Se essa é ou não a solução, bem, cabe o debate, mas o caso é que a pauta avançou, mais um passo, na Câmara dos Deputados, como detalha a coluna Fogo Cruzado de hoje. Se concretizada tal tratativa, todos esperam a, agora, tão sonhada revita (federa) lização.
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