Editorial
Luz, câmera... festival
Não é apenas uma opção cultural. Isso já foi superado, quem sabe, desde sua primeira edição, há dez anos, surgida com horizontes de futuro até então somente cabíveis no imaginário. E isso, talvez, tenha ocasionado um efeito de estímulo em tal proporção que, assim como os filmes conseguem, transformaram uma aspiração em algo cabível de ser contado, com roteiro, som, imagem e, claro, movimento. Ao completar uma década, o Festival da Fronteira já se tornou uma referência nacional na rota da sétima arte.
O evento começou como uma iniciativa para garantir, inicialmente, espaço para produções locais. Mas este passo, se fora pequeno, se agigantou. O Festival da Fronteira, assim como seu nome, rompeu barreiras e se tornou, de fato, internacional. Na atualidade, como comprovaram os números desta edição, atrai olhares do mundo do audiovisual. Até porque se, para nós, trata-se de um evento local, para quem vive em outros países, é um espaço brasileiro. Sim, uma oportunidade de trazer produções de todos os cantos do globo para o solo tupiniquim.
Fora o aspecto de abrangência, que motivou cerca de três mil obras inscritas, as quais precisaram passar por uma criteriosa e até exaustiva avaliação até serem definidos os escolhidos, outro item merece atenção, de forma até mais efetiva. A qualidade das obras agendadas para as diferentes mostras, competitivas ou não, assinalam nomes de reconhecida trajetória no âmbito nacional. Isto, a quem interessar possa, estará em destaque na sexta-feira, quando o salão de atos da Urcamp sedia a atividade Fronteira em Debate - "Da Literatura ao Cinema: os Processos Criativos", com a participação de personalidades como Paula Markovitch, Jorge Furtado, Jean-Claude Bernardet e Tabajara Ruas e mediação de Roger Lerina.
De certo modo, o patamar alcançado apenas reflete o talento de quem se esforçou para tornar um sonho em realidade. E, claro, que foi além. Bagé, berço do festival, não apenas levou seu nome além-fronteiras, mas acabou atraindo uma série de produções, assinadas por quem aqui vive e mesmo por quem já fez carreira e busca ampliar a lista de trabalho. Até domingo, luz, câmera e ação serão muito mais que um jargão, serão a marca do festival.
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