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Acadêmicos de Direito da Urcamp são aprovados em mestrado na Unisc
Publicada em 08/12/2018
Os acadêmicos do curso de Direito da Urcamp, Higor Neves de Freitas, 23 anos, e Maria Victória Pasquoto, 22 anos, comemoram a recente aprovação na seleção de mestrado na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), na área de concentração em Direitos Sociais e Políticas Públicas de inclusão social.
Os estudantes foram selecionados ao terem ficado entre os cinco primeiros colocados entre cerca de 70 inscritos para o mestrado. Para isso, ambos tiveram que passar, em novembro, por duas etapas, sendo que a primeira consistiu em uma prova escrita e a segunda em uma entrevista com análise dos projetos.
Freitas e Victória contam que sua trajetória na pesquisa científica teve início em 2016, já dentro da área de Políticas Públicas de Inclusão Social, apresentando trabalhos sobre o assunto, em eventos locais e regionais. Desde então, os estudantes fazem parte de um grupo de estudos dos Direitos da Criança e do Adolescentes, coordenado pelo professor Rafael Moreira.
Para o docente, a aprovação dos acadêmicos se deve, em muito, à trajetória que ambos vêm construindo nos últimos anos, realizando de projetos de pesquisa e participando de eventos, em todo o Estado, onde apresentam estudos dentro da área das Políticas Públicas da Criança e do Adolescente. "É uma caminhada que eles vêm desenvolvendo desde 2016, realizando projetos da Urcamp, destinados a pesquisar essa área, especialmente questões como trabalho infantil e a violência familiar contra crianças e adolescentes", declara.
Freitas destaca que a jornada da vida acadêmica é algo que exige tempo e dedicação. "Nós criamos essa caminhada. Desde o primeiro trabalho que apresentamos para o professor Rafael, nos inserimos na pesquisa com o resumo. Depois continuamos com apresentações de resumos estendidos e artigos", aponta.
Victória afirma que o incentivo proveniente da inserção no grupo de estudos lhe permitiu ter uma visão mais ampla sobre a pesquisa científica, além de proporcionar o intercâmbio de conhecimentos com estudantes e professores de outros locais. "Isso amplia o campo universitário que nós conhecemos, permitindo que a gente tenha uma integração com pessoas de outros locais e veja o que eles estão pesquisando", explica.
Quando questionados sobre suas intenções com a pesquisa, ambos destacam que pretendem buscar o doutorado, posteriormente. "Quero terminar o mestrado, começar o doutorado e ter a oportunidade de dar aula. Pretendo continuar na pesquisa", afirma Victória. "Também quero continuar na pesquisa e fazer um doutorado. Minha intenção é dar aula e advogar", complementa Freitas.
Projetos
De acordo com Victória, o projeto que defenderá no mestrado será concentrado na relação do trabalho infantil e com o ciclo da pobreza, como causa e consequência um do outro. Dessa forma, argumentará sobre como a inserção de crianças e adolescentes no mercado de trabalho afeta o desenvolvimento integral destas pessoas, de forma que a pobreza se perpetue. "Foi um tema que eu gostei de pesquisar. Essa área sobre a pobreza e a influencia do trabalho infantil no desenvolvimento de crianças e adolescentes é algo importante, mas que ainda não é tão discutido", declara.
Já Freitas abordará o trabalho infantil indígena, discutindo se o mesmo se trata de um relativismo cultural ou se é uma afronta aos direitos humanos e fundamentais. "Há essa discussão sobre o trabalho infantil indígena, já que eles vivem de sua forma e tem sua cultura distinta. Então, a ideia é discutir essa questão. Aqui no Estado, por exemplo, tem uma decisão que autoriza o trabalho infantil indígena. Então, acho que é importantíssimo discutir esse assunto", salienta.
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