Editorial
Alternativa fotovoltaica
Um mapeamento desenvolvido no Rio Grande do Sul resultou na formatação de um Atlas, apresentado, em detalhes, ontem, pelo governo gaúcho, que demonstra a real capacidade de geração energética a partir dos raios solares. O levantamento, que por si só é interessante do ponto de vista de alternativas ao setor, também atesta a vice-liderança do Estado em termos de potência fotovoltaica.
Antecipando este tema, aliás, o Jornal MINUANO publicou, na edição de 27 de novembro, uma reportagem especial apontando que Bagé, a exemplo de outras cidades da Campanha gaúcha, tem uma capacidade promissora neste tipo de geração energética. Tais dados, em parte já conhecidos por parte da população, mesmo que sem estatísticas, já motivam investimento. E em todos os casos por um motivo específico: a busca por economia.
O caso é que a energia solar, talvez mais até que a eólica, possa sustentar o futuro energético do planeta, em parte pela provável escassez de combustíveis fósseis, ainda muito utilizados no mundo – no Brasil nem tanto –, mas, ainda, como forma de não dependência de hidrelétricas que, em períodos de estiagem, comprometem a capacidade de abastecimento.
Em parte, aliás, a facilidade de geração, por assim dizer, ainda permite a instalação de painéis por parte dos usuários, desde empresários ou mesmo cidadãos que decidem "fugir" do sistema interligado nacional e seus preços, passíveis de subas corriqueiras e periódicas.
Em tempo, entre os apontamentos, o Atlas Solar mostrou que com a utilização de apenas 2,1% da área não urbana do Estado, considerada apta para instalação de projetos fotovoltaicos, é possível instalar uma potência de 23GW de energia e produzir, anualmente, cerca de 34TWh de eletricidade. O número, isso é essencial, é equivalente à média do consumo gaúcho de energia elétrica registrada nos últimos sete anos, incluindo as perdas do sistema. Está aí, talvez, a alternativa energética. Senão para a atualidade, mas para um breve futuro.
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