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Fases A e B da usina Presidente Médici são extintas pelo Ministério de Minas e Energia
Publicada em 14/12/2018
O Ministério de Minas e Energia publicou, na quarta-feira, a portaria que declara extinta as concessões das fases A e B da Usina Termelétrica (UTE) Presidente Médici, de Candiota, somando 446 Megawatts (MW). A medida também extingue a UTE Nutepa 24 MW e a UTE São Jerônimo 20 MW. Todas eram administradas pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE).
O pedido de extinção foi formalizado pela a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em abril deste ano, encerrando um ciclo iniciado há 44 anos. A extinção oficializa o encerramento das atividades das duas unidades, que já estavam fora de funcionamento desde 2017.
Inaugurada em 1974, a Fase A teve suas atividades interrompidas no final do ano passado. A unidade conta com duas turbinas de 63 MW, cada, fabricadas em Asgen, na Itália. Já a Fase B conta com duas unidades de 160 MW cada, totalizando 446 MW instalados. A unidade foi desativada em fevereiro de 2017, atendendo ao Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ibama, em razão da baixa eficiência operacional e descumprimento dos padrões de emissões exigidos pelo órgão ambiental.
Plano de modernização
O Plano Decenal de Expansão de Energia 2026 (PDE 2026), aprovado em dezembro de 2016, pelo Ministério de Minas e Energia, contempla projetos de modernização de termelétricas a carvão localizadas em Candiota. O tema vem sendo tratado com o governo federal, pelo presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, que já esteve reunido com a equipe de transição do governo de Jair Bolsonaro.
Zancan salienta que o projeto de modernização das termelétricas foi bem recebido pela Casa Civil do governo de Michel Temer, do MDB. “A indicação é positiva para que haja investimentos”, disse. Segundo ele, está tudo encaminhado para a realização de projetos de substituição das unidades, destacando a importância das usinas térmicas a carvão mineral.
Desafios
O aproveitamento do carvão mineral para novas plantas esbarra nas dificuldades ambientais e na falta de financiamentos. O planejamento aprovado pelo ministério considera a possibilidade de que novas usinas a carvão possam vir a fazer parte da expansão do sistema, dentro do horizonte decenal, na hipótese de substituição das unidades existentes, com a adoção de “tecnologias para redução da emissão de gases causadores do efeito estufa”.
O planejamento estima que a substituição das termelétricas com baixa eficiência, por usinas mais modernas, permitiria um aumento de, aproximadamente, 340 MW, o que resultaria em uma potência instalada total da ordem de 1.735 MW. Zancan cita como exemplo a UTE Pampa Sul que entra em funcionamento em 2019 e devido a novos equipamentos opera com baixo impacto ambiental.
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