Minuano Saúde
Cuidados necessários com os idosos no calor do verão
Apesar do verão ser uma época do ano considerada alegre, por uma parcela significativa da população, muitas são as alterações ocasionadas à medida que o calor se intensifica e as temperaturas se tornam mais elevadas faz com que o organismo humano sofra e, sobretudo, aqueles mais sensíveis, dentre os quais estão inclusos os idosos.
Interferências climáticas na saúde do idoso podem ser contornadas, uma vez que sejam tomadas algumas medidas de precaução e prevenção, incluindo o uso de roupas leves, sono tranquilo, ingestão de água com maior frequência, mesmo sem haver sede, a fim de evitar a desidratação, e o consumo de alimentos saudáveis, como carnes magras e grelhadas, frutas, legumes e verduras. Além disso, é importante o uso de roupas largas e confortáveis, a permanência em local arejado e fresco, evitando a entrada de sol nas horas de maior calor. Também, o consumo de álcool e cafeína deve ser evitado, pois contribui para a desidratação.
Nesta edição, a enfermeira e professora do curso de Enfermagem da Urcamp, Carmem Helena Gomes Jardim Vaz, irá dar dicas de cuidados com alimentação, horários de exposição ao sol e alimentação.
Tratamentos, dicas e cuidados
De acordo com Carmem, os horários de exposição ao sol devem ser reduzidos para os idosos, evitando o sol entre 10h e 16h. Quando ocorrer este período, é importante utilizar chapéus ou bonés e filtro solar e, ainda, evitar a prática de exercícios físicos ao ar livre em tais horários, considerados mais extenuantes. “É preciso estar atento à exposição excessiva ao calor, pois pode resultar em alterações fisiológicas no organismo, que podem agravar condições patológicas preexistentes, provocar condições limitantes ou, até mesmo, levar à mortalidade em decorrência das quedas que poderiam ser evitadas”, ressalta.
Quedas
Carmem destaca que outro fator que se deve estar atento são as quedas em idosos, pois ter uma idade avançada e cair configura-se como uma combinação perigosa, em especial pela maior fragilidade dos ossos. “As limitações do corpo impostas pela velhice por si só já representam fator de risco para queda, que somadas às alterações orgânicas, impostas pelo calor, podem aumentar consideravelmente as chances de queda e as implicações decorrentes destas em idosos. Independente de serem institucionalizados ou não, os idosos necessitam de atenção e cuidados especiais, principalmente em condições determinadas pelo clima. Nestes casos, é importante observar sempre o idoso quanto aos sintomas como pele seca e vermelha, pulso rápido, tonturas, náuseas, perda total ou parcial da consciência, além da temperatura corporal elevada”, completa.
Atividades físicas, com foco em um maior equilíbrio da pressão arterial, caminhadas lentas e levantar com calma de onde estiver sentado estão entre os cuidados básicos a serem tomados sempre, pois evitarão a redução do fluxo sanguíneo cerebral e a consequente vertigem e queda, complementa a especialista.
A enfermeira ainda destaca que as fraturas prejudicam radicalmente a vida dos idosos, pois ficam mais tempo deitados, o que acarreta no aumento da probabilidade de infecções, principalmente respiratórias pela imobilidade; e maior dependência dos familiares, o que deixa o idoso com maior probabilidade de depressão reativa.
“Não esqueça que o verão é muito bom para aproveitarmos o nosso dia, mas sempre com cuidados e prevenções, pois a exposição ao sol pode acarretar em sérios problemas para sua saúde atual e futura. Cuide da sua saúde e não esqueça de tomar os medicamentos de uso diário e fazer seus exames de rotina, isso faz toda a diferença para a prevenção de complicações”, conclui a profissional.