Cidade
Empresas justificam defesa pelo reajuste da tarifa de ônibus em R$ 4,21
Os gerentes das empresas responsáveis pelo transporte coletivo em Bagé, Stadtbus e Anversa, Alexandre Solari e Maria da Graça Anversa Vargas, respectivamente, se posicionaram, ontem, sobre as tratativas destinadas ao reajuste das tarifas do serviço prestado. O aumento sugerido pelas empresas foi de R$ 4,21, já que há mais de dois anos não é concedido nenhum acréscimo no valor. A decisão do reajuste, porém, é do prefeito Divaldo Lara.
Conforme Solari, está definido, no contrato com a prefeitura, o reajuste anual das passagens, que deve ocorrer em novembro. Ele salienta que, durante este período, as empresas cumpriram com o contrato, realizando investimentos na frota, que conta com 59 ônibus e quatro vans para o transporte porta a porta. "Investimos em 12 veículos novos, realizamos manutenção nos abrigos, câmeras nos ônibus, aplicativo de mobilidade e biometria, que está em fase de implantação", disse.
Maria da Graça ressalta, também, que, neste período, houve dois reajustes no salário dos funcionários, o valor do diesel subiu 40% e a manutenção dos veículos é realizada periodicamente, onerando a empresa. "Os índices de reajuste estão estabelecidos no edital, medidos através da planilha da Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes (GEIPOT)", enfatiza.
Solari informa que outros municípios com o porte de Bagé, e até menores, já estão com tarifas acima de R$ 4, como Santa Cruz do Sul e Cachoeirinha. "Já em Cachoeira do Sul, que é bem menor que Bagé, a tarifa é R$ 3,92", exemplifica.
A gerente administrativa da Anversa destaca que os índices são calculados sobre a quilometragem e a quantidade de passageiros transportada. Ela explica que os estudantes, por pagarem meia-passagem, mesmo para o cálculo, contam como um passageiro. "Houve uma diminuição no número de usuários devido ao transporte opcional, como aplicativos de mobilidade e mototáxi", comenta.
Os gerentes salientam que estão aguardando o posicionamento do prefeito e afirmam que o valor proposto pelo Conselho Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (Comtur), de R$ 3,75, é bem abaixo do solicitado e não cobre o custo das empresas. "Se o reajuste fosse realizado anualmente, não seria um aumento tão grande. Neste período, as empresas custearam as despesas", explica Solari.