Editorial
Por que pode álcool nos estádios em Copa?
O tema não é novo, nem por isso deixa de ser polêmico e motivador de debates. A comercialização de bebidas em estádios de futebol, há tempos, provoca certas tensões ao ser levada à pauta, como foi o caso de quarta-feira, quando o governador Eduardo Leite, a partir de orientação de representantes de órgãos de segurança e do Ministério Público, decidiu vetar a Lei, aprovada ano passado, pela Assembleia gaúcha, que autorizava a venda no Estado.
Como que num efeito dominó, a discussão tomou conta, em especial, das redes sociais. E por questões até lógicas. Primeiro, é entendível e facilmente compreensível que o fim do consumo de álcool nos estádios tenha proporcionado uma diminuição nos casos de violência. Não é preciso tantas estatísticas para se atestar que a ingestão de tais bebidas, influenciado pela emoção fervorosa de uma partida, provoque ânimos mais acirrados e resulte, por fim, em fatos indesejados. Ok.
Mas então, por quê, durante as principais competições mundiais, como foi na Copa do Mundo, e se projeta para a Copa América, tal consumo foi e será permitido? Há algo tão diferente no ambiente do mundo futebolístico que torne a bebida aceitável? Talvez haja segurança suficiente para tais eventos, diferente dos demais? Óbvio que são tópicos que passam a permear a mente dos mais aficionados. E de maneira justificável. Ou pode, ou não pode. Está no Estatuto do Torcedor, ou não?
Enfim, se o consumo diminui a violência, que se torne tal prática definitivamente proibida. Caso contrário, é preciso frisar os prós. Um deles: a comercialização de tais produtos, para clubes do interior, por exemplo, poderia significar uma renda essencial para a melhoria de estruturas e investimentos mais significativos dentro de campo. É preciso mais que apenas autorizações ou proibições, mas acertos conjuntos e fruto de debates.
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