Editorial
Reforma carcerária é possível
Tópico frequente no âmbito da segurança pública, o desenvolvimento de um novo modelo carcerário, apesar de necessário, caminha a passos lentos. Desde 2017, um projeto aprovado pelo Senado, prevendo combater alguns problemas existentes, dentre os quais a superlotação dos presídios, onde se inclui o Regional de Bagé, não tem um avanço determinante em Brasília.
A questão, por mais simples que possa parecer, carece de uma atenção especial. Os números da criminalidade, aliás, atestam a necessidade de um esforço na busca de uma resolução satisfatória. Parte do problema, por assim dizer, vai muito além da escassez de vagas para o cumprimento de penas.
Acontece que no modelo atual, por falta de estrutura, muitas vezes, um indivíduo que cometeu um delito considerado leve, ou seja, que é totalmente apto a passar por um processo de ressocialização e, desse modo, não voltar para o caminho do crime, acaba rumando para uma rota bem diferente. Acaba sendo integrado a grupos que, de seu modo, comandam verdadeiras facções atrás das grades e, assim, apenas torna tais indivíduos mais parte de um futuro obscuro.
Quem sofre com isto? Querendo ou não, todos. A família, que vê um ente querido sendo cada vez mais corrompido, muitas vezes por meio de coação; o sistema penal, que acaba cada vez mais tendo demanda por vagas, mesmo já estando sem espaço para ninguém; e a sociedade geral, que vê mais e mais crimes se repetindo, dia após dia.
É preciso, com base nestas singelas contextualizações, estabelecer a necessidade de mudanças. Se estímulo ao setor privado, para administrar tais estruturas, ou mesmo num empenho específico para tornar as penitenciárias locais estritamente destinados ao cumprindo de penas, de forma exemplar, mas também que possam possibilitar a tão almejada ressocialização. E isso não pode esperar.
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