Cidade
Bajeenses avaliam aumento no valor da passagem de ônibus
O aumento na passagem de ônibus, em 60 centavos, entrou em vigor ontem. O decreto foi assinado pelo prefeito Divaldo Lara, na semana passada, e ficou aquém do valor solicitado pelas empresas, que foi de R$ 4,21. Por um lado, a suba deve fazer com que a população busque alternativas para o custo com transporte não pesar tanto no orçamento. Em contrapartida, as empresas também terão que reavaliar o serviço para cobrir os custos.
A dona de casa Ieda Estela, de 61 anos, é moradora do bairro Stand e utiliza o ônibus duas vezes por dia. "É muito caro, mas temos que pagar. Estou esperando completar 65 anos para solicitar a isenção", conta.
A vendedora Amanda Jardim Peçanha, de 20 anos, mora no bairro Morgado Rosa. Ela utiliza o transporte público quatro vezes ao dia. "Não sai tão caro porque é descontado direto no contracheque. Porém, o aumento não condiz com a qualidade das ruas e dos veículos", enfatiza.
O aposentado Wagner Rita Berdet, de 69 anos, salienta que já é isento do pagamento, mas considera o aumento abusivo. "Moro na Stand e os veículos que realizam o trajeto são muito ruins e estão sempre atrasados", comenta.
A dona de casa Cherlene Lima da Silva, de 37 anos, moradora do Habitar Brasil, ressalta que utiliza o ônibus de duas a três vezes ao mês e, mesmo assim, o aumento pesa no orçamento. "Normalmente saio com minha filha, mas agora teremos que optar, ou uma ou outra", destaca.
A aposentada Marta Helena da Cruz, de 60 anos, moradora do bairro Getúlio Vargas, conta que realiza serviço de banco diariamente e teve uma surpresa ao utilizar o transporte na manhã de ontem. Ela comenta que realiza serviços todo o dia no centro, mas com o aumento irá utilizar o ônibus somente em dias de chuva. "Vou ter que diminuir a utilização do transporte."
O faqueiro Patrique Nascimento Ramos, de 22 anos, mora no bairro Ivone e tem despesas diárias de ida e volta do serviço. "Vai pesar muito no orçamento", aponta.
Empresas estudam adequações
Como o valor decretado ficou abaixo do esperado pelas duas empresas que operam o serviço de transporte coletivo, ainda há certa expectativa quanto a possíveis reflexos ocasionados pela nova tarifa.
Conforme o gerente da Stadtbus, Alexandre Solari, as empresas estão avaliando alternativas para equilibrar as despesas. Ele salienta que está sendo realizada uma análise nas planilhas para avaliar como a prefeitura chegou no valor de R$ 3,65, visto que o Conselho Municipal de Trânsito e Transporte Urbano e Rural (Comtur) havia aprovado R$ 3,75. "Vamos conversar com o prefeito para buscar alternativas", conta.