Editorial
Lição de casa
Há certos termos, muitos deles assimilados no início da vida acadêmica, que servem muito mais que para nortear ações, mesmo as mais simples, durante um determinado período, como é o caso da escola. São utilizados, muitas vezes, para orientar o então jovem cidadão para uma prática de rotina que deve ser assimilada para toda a vida. A lição de casa é uma delas, mesmo que nem sempre seja compreendida.
Pois bem. No dia 5 de novembro de 2015, uma barragem da empresa Samarco rompeu, destruiu o distrito de Bento Rodrigues e deixando 19 mortos, entre moradores e funcionários da empresa. Esse foi o maior desastre ambiental da história do Brasil, de acordo com o próprio Ibama, à época. Desde então, aparentemente, não apenas soluções para o caso em si foram buscadas, como a fiscalização de empreendimentos similares estariam sendo fiscalizados. Tudo por uma causa nobre: não deixar algo daquele modo se repetir.
Mas, no Brasil, pelo que se percebe, a lição de casa ainda é um entrave. Algo que por mais que se exalte, alguma hora acaba sendo esquecido ou, no mínimo, deixado para depois. O rompimento da barragem em Brumadinho, em Minas Gerais, na tarde desta sexta-feira, pouco mais de três anos da tragédia em Mariana, é um exemplo claro disto.
Não é o caso de se comparar diferenças, magnitudes, mas o fato em si. Rompeu, não apenas deixando a lama tomar conta, mais uma vez. Mas foi-se a lição de casa, talvez, ainda, incompreendida.
É possível que seja a hora de medidas mais drásticas. Muito além de punições, justas é claro, assim como medidas para "tentar" recuperar o dano ocasionado, mesmo sabendo-se que uma parcela significativa corre o risco de voltar à normalidade somente após daqui muitos anos. É preciso assimilar erros, muito além de julgá-los, e fazer a lição de casa.
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