Editorial
Decisão para garantir a história
Fazia tempo que um tópico vinha motivando debates que mesclavam receios e até mesmo lampejos de preocupação. O Castelo de Pedras Altas, estrutura histórica que sediou, entre vários acontecimentos, o acordo que pôs fim à Revolução de 1923, tinha passado de um patrimônio arquitetônico inestimável para um imóvel em risco.
Sim, há cerca de cinco anos, os herdeiros do fundador do gigantesco imóvel em estilo medieval, Joaquim Francisco de Assis Brasil, colocaram tal estrutura à venda. A informação, à época, gerou uma série de questionamentos, dentre os quais os que mais preocupava era o destino não apenas das paredes, portas e janelas, mas, também, de todo o acervo que o prédio abrigava.
O que gerou ainda mais receio ocorreu depois. Em função da estrutura ser tombada, foi oferecida para o governo do Estado. A ideia formal era que o órgão público, então, não apenas assumisse o espaço, como ficasse responsável por sua preservação. Contudo, desde então, praticamente nada em definitivo fora apresentado e o patrimônio ali existente passou, digamos, em risco de ser perdido.
Mas isto, ao menos segundo anunciado na semana passada, poderá ter um desfecho mais animador. O estabelecimento de uma ação que viabilize, pelo menos, a preservação dos documentos ali existentes, dentre os quais já se mensuram itens muito além de raros, mas inéditos, já é uma notícia alentadora.
E não é por ser um castelo, mesmo que conte com 44 cômodos e uma área de 300 hectares. Não apenas. Trata-se de um ícone da história gaúcha, responsável, entre outras coisas, também, pela introdução de raças de gado Jersey e Devon no País, de forma que seu fundador foi homenageado com o nome do principal palco da agropecuária do Rio Grande do Sul, o Parque Assis Brasil, de Esteio, que sedia, anualmente, a Expointer. E, também, ainda, por simbolizar um marco de um período áureo da história gaúcha.
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