Editorial
Mais partidos?
Países com um sistema político-administrativo comandado por um presidente eleito possuem partidos, ramificações que reúnem ideologias destinadas a atrair filiados, simpatizantes e, desse modo, fortalecer suas bases para os processos eleitorais – garantindo, assim, votos – e, ainda, para ter apoio, seja intelectual ou mesmo institucional, no caso de uma vitória nas urnas.
Mas mesmo neste âmbito, o Brasil consegue ser uma exceção da exceção. Isto porque, aqui, criar novas legendas, aparentemente, se tornou uma espécie de hobbie. Vejamos bem, não bastasse já liderar um ranking mundial – conforme levantamento, de 2011, da Universidade de Gotemburgo, quando foram identificadas 11 siglas – a nossa República vem fazendo tal índice elevar em velocidade vertiginosa.
Conforme detalha a coluna Fogo Cruzado, desta edição, o País contabiliza, hoje, 75 legendas em processo de formação. Um número, diga-se de passagem, absurdo. Não há necessidade de tamanha quantidade, tampouco justificativas plausíveis para tanto.
O foco de um partido é, acima de tudo, defender bandeiras que atendam os anseios dos cidadãos. Óbvio que nem todos os tópicos, seja dentro da articulação que for, deverão ou mesmo poderão ser atendidos a contento. Mas, no geral, os principais rumos de uma legenda estarão estabelecidos. Liberais, sindicais, ou mesmo derivados, em tese, deverão abrigar-se neste ou naquele grupo.
Mas é difícil, de fato, mensurar divergências suficientes para nortear cerca de 100 diferentes partidos. É bem provável que, neste momento, a reflexão deveria ser sobre se há mesmo necessidade de tal incremento partidário. Não será mais eficiente, por assim dizer, estabelecer novas diretrizes aos grupos já existentes. Enfim, vale a pena mesmo?
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