Editorial

Resistência pela leitura

O mundo contemporâneo, marcado por uma infinidade de acontecimentos que chegam ao conhecimento do globo de forma instantânea, mudou hábitos de forma derradeira. E não apenas isso. Alterou, de maneira profunda, o funcionamento do setor de negócios e, desse modo, as ferramentas necessárias para fazer o mercado girar.
Neste universo de transformações, um nicho que acabou sendo afetado, e não é de hoje, foram as tradicionais bancas de revistas. A exemplo de livrarias e editoras que mantêm a cultura de fornecer variadas formas de leitura impressa, estes estabelecimentos precisaram se adequar a uma nova realidade.
Manchete desta edição do MINUANO destaca algumas empresas de Bagé, inclusive a primeira a se instalar na Rainha da Fronteira, e a maneira encontrada por seus administradores para manterem viva a atividade. Mesclando uma clientela fiel, atendida de maneira afetuosa, claro, estes empreendedores acabaram descobrindo itens que, mesmo na atualidade, motivam a procura por seus estabelecimentos.
Os exemplos são dos mais variados e incluem, em seu rol, os jornais que, desde o "boom" da internet, também vivenciam uma época de incremento de ferramentas para garantir, aos seus leitores, informação profunda e em detalhes, sustentada pela ética e o profissionalismo, não apenas na plataforma impressa, mas, ainda, no meio digital.
A resistência pela leitura, seja de quem for, é e sempre será, também, uma resistência ao conhecimento e à garantia de informação para todos. Por mais tortuosa e desafiadora que seja esta missão, ela deve ser encarada como algo que, no futuro, representará um atestado em favor da cultura para toda a sociedade: um trabalho fundamental.