Editorial
Tragédias que marcam
O 2019 mal começou e alguns fatos, em âmbito nacional, têm resultado em motivos mais que suficientes para uma reflexão profunda. Por mais que tragédias sejam imprevisíveis, impactantes e, sempre, lamentáveis, é quase que em todas as vezes viável se avaliar de que maneiras tais casos poderiam ser evitados. São uns diferentes de outros, mas todos passíveis de análises.
Brumadinho, por assim dizer, foi a maior tragédia social da história recente do Brasil, mas, mesmo assim, independentemente do número de mortes, foi uma extensão de um caso anterior: Mariana. Em síntese, o aviso já havia sido dado há cerca de três anos. E a nova tragédia, basicamente, atestou que as medidas antes adotadas, ou não, foram insuficientes para inibir um novo caso.
Já nesta sexta-feira, o incêndio que atingiu o Ninho do Urubu, Centro de Treinamento do Flamengo, na zona Oeste do Rio de Janeiro, trouxe à tona um tópico que talvez jamais tenha sido conjecturado: qual a situação dos jovens que buscam a sorte no mundo do futebol? Ou melhor: qual estrutura estes atletas recebem no início de suas carreiras, mesmo as mais promissoras?
Não se trata se estabelecer, neste momento, culpabilidade a quem quer que seja. Tampouco criticar o espaço ofertado pelo Flamengo. Mas de se fixar uma linha de raciocínio para que novas tragédias não se repitam no futuro. Até porque é passível se estimar que se tal fato atingiu um clube da elite do futebol, que possui um orçamento milionário, é bem possível que possa ocorrer com facilidade em outras agremiações, em especial de divisões menores ou, até mesmo, da várzea.
Tragédias, como Mariana, Brumadinho e a do CT do Flamengo marcam. E o importante, se é possível assinalar algo nesse sentido, é que o debate para evitar novos episódios seja estimulado. E, claro, que medidas sérias sejam adotadas para tornar tais questões passíveis de soluções, seja em que amplitude for.
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