Fogo Cruzado
Em roteiro na região, Hamm defende novas políticas para o arroz e o leite
Publicada em 12/02/2019
Durante uma série de agendas desenvolvidas, ontem, em Bagé, seu principal reduto eleitoral, o deputado federal Afonso Hamm, do Progressistas, reeleito, ano passado, com 100.018 votos, buscou realizar uma espécie de prestação de contas. Aproveitando um espaço no roteiro, o parlamentar visitou a redação do Jornal Minuano e abordou alguns tópicos em debate no âmbito nacional.
"Passamos por uma eleição que foi um crivo, onde o senso crítico do eleitor foi muito forte. E nós renovamos o mandato. Já na primeira semana, após assumir o quarto mandato, faço esta visita", mencionou ele ao reafirmar a proximidade social e política com o município. "Tirando o período de trabalho, resido em Bagé e busco ser o interlocutor dos pleitos daqui com Brasília".
A agenda, que deve ter sequência ao longo dos próximos dias, em síntese, visa estreitar relações com conterrâneos e, ainda, identificar o que classificou como "pautas novas". Para tanto, ele já conta, desde o mês passado, com a atuação da jornalista Márcia Marinho, que já havia trabalhado com ele, mas, há dois anos, desempenhava a função de diretora da TV Câmara. Agora, ela será a responsável pela comunicação do progressista em toda a Metade Sul do Estado.
Questão de segurança alimentar
Um dos tópicos mencionados foi a recente publicação, no Diário Oficial da União, da retirada de taxas da União Europeia e da Nova Zelândia para a importação de leite em pó. A decisão, conforme já publicado anteriormente pelo Minuano, desencadeou uma série de protestos por parte de produtores, inclusive da Campanha gaúcha.
De acordo com Hamm, logo após a decisão, ele já dialogou com lideranças do setor para avaliar a situação. "Tem muita gente preocupada (...) Esta semana, na terça-feira, na Frente Parlamentar da Agropecuária, a pauta será a alíquota antidumping que o governo passado já havia negociado esta flexibilização", relatou ao expor que, em janeiro, segundo lhe repassado, a importação do mercado europeu cresceu 27%. "Demonstra que a área econômica tomou uma decisão imaginando que não teria repercussão, mas impacta na vida de quem é produtor de leite, inclusive aqui na região. Eu já fui produtor e sei das dificuldades", enalteceu ao complementar lembrando que, antes, já havia uma concorrência ao mercado local por parte do Mercosul que vinha gerando incertezas à cadeia leiteira gaúcha.
Hamm mencionou que a ministra de Agricultura, Tereza Cristina, foi convidada para a reunião de hoje. E evidenciou que, caso ela não compareça, o resultado das tratativas será exposto diretamente para ela, posteriormente.
"Eu acredito que duas cadeias produtivas são fundamentais e precisam de uma política especial, por ser uma questão de segurança alimentar: que é o arroz e o leite. (...) São cadeias que estão carecendo de uma política de sustentação de preços e de rentabilidade, que é diferente de uma política para soja, que é um produto de exportação, e do milho, que é um produto de cadeias integradas", argumentou ao evidenciar que, o atual debate, pode, de outro modo, possibilitar uma rearticulação de ações, por parte do governo, para atender ambos os setores mencionados. Ele, aliás, sugere para que ambas as cadeias tenham insumo livre, para tornar os produtos mais competitivos, ao serem reduzidos os custos de produção.
"O país precisa, através do Ministério da Agricultura, oferecer uma política mais consistente. E quem sabe, de um problema, possamos buscar soluções para um setor", concluiu.
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