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Esportes

O que o Bagé precisa para subir

Publicada em 16/02/2019
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Trajetória é de 18 jogos

Chegou o momento tão aguardado pelo torcedor jalde-negro. Neste domingo, às 17h30min, quando a bola rolar no estádio Pedra Moura, o São Gabriel será o primeiro obstáculo a ser superado pelo Bagé. São 18 jogos que separam a Divisão de Acesso da série A. Entretanto, para subir, é preciso enfrentar um caminho árduo. Como o Abelhão se planejou para isso? E como os últimos quatro clubes que subiram nos últimos dois anos (São Luiz, Avenida, Pelotas e Aimoré) se organizaram para atingir? Quanto custa subir? Para responder essas questões, o Jornal MINUANO consultou fontes ligadas aos clubes envolvidos. Com isso, pode-se comparar o caminho que o jalde-negro busca traçar com os que já chegaram lá. Tire suas conclusões.

Parceria com investidor

Não repetir os erros de 2018. Essa é a percepção do presidente Rafael Alcalde. Quando ascendeu à Divisão de Acesso, a equipe então comandada por Carlos Moraes chegou a última rodada da primeira fase ainda brigando por classificação. Entretanto, por detalhes, não conseguiu ir mais longe. Diferentemente deste ano, em 2018, a responsabilidade da gestão diária era dos próprios dirigentes ligados ao clube, meramente por paixão. "Fizemos um esforço muito grande para dar as melhores condições possíveis. Era uma folha salarial alta para nosso patamar (R$ 62 mil), mas para a competição, era baixa. Se chegássemos aos mata-matas, talvez a história tivesse sido diferente. Por isso, se quiséssemos algo maior, vimos que deveríamos buscar parceiros para serem investidores no futebol. Tivemos várias reuniões, com cinco prováveis investidores, a maioria de Porto Alegre e um de Bagé. Mas eram modelos que não nos satisfaziam. Até conhecermos a RCB Assessoria Empresarial, capitaneada por Rodrigo Trindade. A empresa é focada em assessorar para melhorar negócios, capitalizar mais clientes e buscar maiores rendimentos", explica.
Com a parceria formalizada, em novembro de 2018, o Grêmio Esportivo Bagé passou a ter um investidor de futebol, responsável por capitanear acerto com jogadores e profissionais para o dia a dia do clube. Foi por esse modelo que o clube fechou com o meia Souza e passou a ter a colaboração do ex-atacante Luís Mário, por exemplo. O contrato com a RCB tem vigência por uma década, entretanto, a renovação será feita ano a ano. Como contrapartida, há participação em possíveis premiações e venda de atletas.
A primeira ação foi no aspecto estrutural. Seguindo o raciocínio de que, para haver cobranças era necessário fornecer subsídios, o clube promoveu reformas nos alojamentos, com instalação de ar-condicionado em todas as suítes; ampliação do refeitório e restauro nos vestiários, que hoje tem espaços subdivididos para cada jogador. Ao longo do ano, Alcalde projeta novas intervenções no Pedra Moura.

Folha de R$ 95 mil

Cumprido o objetivo de melhorar a estrutura, a direção partiu para o futebol. Para montar um grupo considerado qualificado para a competição, a folha mensal subiu para R$ 95 mil, valor que já inclui o direito de imagem dos jogadores. Na comissão técnica, o clube apostou em Michel Neves, pelo trabalho de recuperação na Copa Wianey Carlet. Se não fosse o polêmico pênalti não marcado contra o Inter-B, no duelo de volta das oitavas de final, talvez o jalde-negro pudesse ter decidido, contra o Gaúcho, nas quartas, uma vaga na Copa do Brasil. Em relação à escolha de jogadores, Alcalde comenta que a direção primou por jogadores que estavam pouco tempo parados e com características diferentes para cada função. "Em 2018, alguns jogadores estavam há muito tempo sem jogar e acima do peso. Com a pré-temporada forte, muitos tiveram lesões. Era um elenco numeroso, mas não tão qualificado. Agora, temos jogadores diferentes para cada posição, proporcionando que o técnico possa escolher, dependendo do adversário", argumenta.
Com estrutura melhorada e um plantel qualificado, de agora em diante, Alcalde diz que o próximo passo deve ser dado pelo torcedor, no que chama de 'Fator Pedra Moura'. "Quando enche, dificilmente um time consegue nos vencer. O papel de buscar investimentos foi feito. Agora é a vez do torcedor, se associando e lotando o estádio. Vamos transformá-lo numa 'Bombomoura' para chegarmos a série A", finaliza.

O exemplo de quem chegou na elite

São Luiz – Campeão em 2017 – Por Alex Frantz, repórter da rádio Progresso, de Ijuí

Planejamento
"O São Luiz de Ijuí, após três temporadas na Divisão de Acesso, conquistou o tetracampeonato da competição em 2017, numa disputa emocionante contra o Avenida, quando venceu nos pênaltis, por 9 a 8. A equipe ijuiense se planejou forte para retornar a elite do futebol estadual. Em setembro de 2016, após uma campanha irregular na Divisão de Acesso do ano citado, fez uma reformulação no departamento de futebol".

Estrutura
"A estrutura oferecida pelo clube não foi das melhores. Gramado ruim, vestiários ruins e iluminação precária, porém, tudo isso foi vencido pelos atletas e comissão técnica".

Folha salarial
"Em 2017, ano do Acesso, o clube formou um elenco com uma folha salarial de R$60 mil, antes da chegada dos três atletas da série A. Após, a folha foi a R$69 mil, já inclusa a comissão técnica".

Comissão técnica e jogadores
"Delmar Blatt, homem de confiança do presidente Pedro Pittol, assumiu o comando do futebol. Blatt, que já vinha acompanhando há um bom tempo do trabalho do técnico Paulo Henrique Marques, entrou em contato e o treinador foi anunciado. A partir daí, começou a elaboração do elenco. Com pouca grana em caixa, era necessário usar da criatividade. Foram 23 jogadores contratados e o clube ainda aguardava pelos três que viriam da série A. E curiosamente chegaram dois laterais, um de cada lado que estavam no elenco do Passo Fundo que fora rebaixado: Maicon e Xaro e o atacante Mateus Lagoa que disputou o certame pelo Veranópolis. Com uma campanha fraca no primeiro turno, o time cresceu no segundo turno e chegou como favorito nas fases de mata-mata e conquistou o acesso, com uma sonora goleada de 4 a 1 contra o Inter SM. São Luiz trabalhou com 23 jogadores na divisão de acesso sendo os principais destaques o goleiro Jônatas, lateral Maicon, volante Zé Lucas e os atacantes Jean Dias, Léo Mineiro e Ari".

Avenida – Vice em 2017 – Por Roberto Patta, repórter do jornal Gazeta do Sul

Planejamento
"A partir de 2017, o Avenida mudou o modelo de gestão, a fim de colher os frutos no futuro. A conquista do acesso naquele ano fez o clube pensar grande, o que acabou dando certo. Com seriedade e profissionalismo, o Periquito passou a ser um time respeitado pelos adversários".

Estrutura
"Dentro do processo de reestruturação, o estádio dos Eucaliptos recebeu uma série de melhorias, entre elas, um novo pórtico de entrada, reformas da cabines de imprensa e do vestiário do clube-visitante e construção de vestiários para arbitragem. Isso tudo por meio de uma parceria com a Kopp Construções, de Vera Cruz. A necessidade de melhorar o aspecto do local foi importante para garantir mais segurança e conforto aos torcedores e aos profissionais que cobrem o dia a dia do clube".

Finanças e folha salarial
"As conquistas, como a inédita e invicta Copinha ajudaram a reforçar o caixa do Avenida. A classificação heroica na vitória de 1 a 0 sobre o Guarani fará o clube dar um passo fundamental no aporte financeiro. São R$ 500 mil pela participação na primeira fase e mais R$ 600 mil pela classificação. Para um clube do interior, isso é essencial. A folha salarial no Gauchão deste ano é aproximadamente R$ 200 mil. Em 2017, foi entre R$ 90 mil e R$ 100 mil. Quando quer se brigar forte em uma competição, o investimento se faz necessário. E o Avenida se baseou nisso".

Comissão técnica e jogadores
"O técnico Fabiano Daitx está no Avenida desde abril de 2016, portanto, completará três anos no cargo. A sua manutenção ao longo dos anos foi fundamental. Mesmo não obtendo a vaga em seu primeiro ano no comando, levou o clube de volta à elite do futebol gaúcho no ano seguinte. O momento de glória ocorreu em 2018, quando Daitx fez o Periquito terminar o estadual na quarta posição e ganhar a Copinha. A base do elenco já vem desde 2017, o que também contribuiu para o sucesso nas competições. A permanência de um treinador dá resultado desde que a direção acredite no trabalho, o que ocorreu no Periquito".

Pelotas – Campeão em 2018 – Por Tallis Machado, repórter da rádio Tupanci

Planejamento
"O planejamento para o Pelotas conquistar o Acesso, em 2018, começou ainda em 2017. Na copa do segundo semestre, começou na montagem do elenco que serviria como base para o título da Divisão de Acesso em 2018. Também foi fundamental ter convicção no trabalho, mesmo após a eliminação na mesma copinha de 2017, 70% do elenco foi mantido para o ano de 2018".

Estrutura
"O Pelotas há muito tempo possui uma boa estrutura de trabalho, com o Parque Lobão, onde realiza seus treinos e com o estádio da Boca do Lobo, um dos melhores do interior gaúcho. Vale lembrar que o Pelotas ganhou todos os jogos que fez como mandante na campanha da Divisão de Acesso. O clube ainda busca modernizar situações do clube como a sua relação com os sócios e a melhoria do seu estádio".

Folha salarial
"Folha salarial girava em torno de 110, 120 mil. Os salários estavam em dia e ocorreram bonificações aos jogadores nos mata-matas. Apesar das dificuldades financeiras que os clubes do interior enfrentam, o Pelotas conseguiu superar isso, muito pelo planejamento estratégico e administrativo, executado pelo presidente Gilmar Schineider".

Comissão técnica e jogadores
"O trabalho começou sob o comando de Thiago Gomes, técnico que montou e estava a frente da equipe desde o segundo semestre de 2017. Porém, a duas semanas da estreia, ele recebeu uma proposta do Grêmio e deixou o Pelotas. Com isso, Paulo Porto assumiu a equipe e conduziu o Pelotas ao longo da Divisão de Acesso. Sobre a montagem do elenco: jogadores versáteis, mesclados com jogadores historicamente decisivos e experientes. Alguns atletas polivalentes, como Germano, Jean Roberto e Hugo Sanchez foram o termômetro da equipe ao longo da competição, mesclado com jogadores experientes como Juliano Tatto e Cleverson, Thiago Gaúcho. Em resumo, unir jogadores que conheciam a aldeia com jogadores mais jovens e que poderiam exercer mais de uma função em campo. Essa foi a fórmula de sucesso".

Aimoré – vice em 2018 – Por Matheus Beck, repórter do jornal VS

Planejamento
"A gestão que 'abraçou' o clube em 2017/2018 sabia das dificuldades do clube imediatamente depois de um descenso. De qualquer forma, não colocou como objetivo subir 'de qualquer jeito'. As medidas iniciais levaram em conta as necessidades de sanar dívidas, organizar estruturalmente o clube e a partir daí pensar o futebol. Salário altos e nomes de grande expressão foram secundários, portanto a bola passou a ser mais viável. Depois de um Acesso mediano em 2017, a direção entrou na Copinha daquele mesmo ano com a ambição forte de estar nas finais. Dessa forma, poderia ter algum recurso para um 2018 mais próspero. Essa ideia acabou sendo contemplada com a ida para a Copa do Brasil. O time foi eliminado no primeiro jogo, mas os R$ 500 mil fizeram com que a contratação de jogadores de primeira divisão, para a reta final da Segundona, pudesse acontecer. Foi um planejamento contemplado por um destino. De qualquer forma, por mais que a situação talvez não fosse acreditada nem pelo mais fanático, encaro como uma espécie de premiação ao trabalho com os pés no chão".

Estrutura
"Estruturalmente, o Aimoré caminha de forma ainda vagarosa. O estádio Cristo Rei foi inaugurado em 1961. Desde então, as melhorias foram mais superficiais. Internamente, ainda se carrega essa característica mais antiga e, ao mesmo tempo, ainda não oferece, por exemplo, uma estrutura para treinamentos que não seja o gramado principal que recebe os jogos. Para subir, pelo fato de não ter um CT, o clube teve que contar com o apoio de campos do município e tentar, aos poucos, mexer em pontos mais emergenciais para trazer alguma tranquilidade ao grupo".

Folha salarial
"Bom, o presidente Paulo Costa, que esteve a frente do Aimoré nos dois anos passados, foi sempre conhecido por ser um cara mão fechada. Na Divisão de Acesso 2018, que o Índio obteve a subida com folha salarial de cerca de R$ 80 mil mensais. Esse valor teve um acréscimo e beirou os R$100 mil na chegada dos reforços vindos do Gauchão. O plano traçado foi obtido e as finanças foram resolvidas praticamente com o dinheiro da Copa do Brasil. Houve também a busca de patrocínios, mas os valores sempre mais baixos por conta da exposição menor. Hoje, a gestão é feita por Ronaldo Vieira, que foi vice-presidente do próprio Costa. Houve uma quebra da chapa, portanto, Vieira seria uma espécie de "oposição". De qualquer forma, manteve a linha de pensamento de futebol, grupo de jogadores e comissão técnica. Ao mesmo tempo, permanece com os devidos cuidados financeiros para manter o Aimoré na primeira".

Comissão técnica e jogadores
"Identificação com o clube e com a competição foram as principais buscas da direção. O então presidente, ainda no ano passado, sempre gostou do trabalho do técnico Gelson Conte, que foi campeão da Terceirona com o Aimoré, em 2012. Os jogadores também seguiram essa linha. Há nomes como Marcelo Pitol, Gian, Toto, que foram contratados e já conheciam bem o clube, assim como a manutenção de mais de 10 jogadores que vinham atuando com a camisa aimoresista nos últimos anos. Ao mesmo tempo, foi entendido que era necessária uma qualidade superior. O clube precisava se habituar com esse novo momento e, até esse meio de estadual, parece que a estratégia tem dado certo".

FICHA TÉCNICA
1ª RODADA – DIVISÃO DE ACESSO
BAGÉ X SÃO GABRIEL
Domingo, às 17h30min, estádio Pedra Moura
Ingressos – R$ 30 (público em geral) e R$ 20 (idosos, mulheres e estudantes identificados com carteira). Crianças até 12 anos não pagam.

BAGÉ – Gil Grando, Fabinho Capixaba, André, Diego Rocha e Gustavo Nogy; Capinha, Jaime, Jefferson Bernardo, Souza e Weltinho; Maicon Santana. Técnico: Michel Neves.
SÃO GABRIEL – Anderson, Selton, Carlão e Ícaro; Artur, Paulo Vitor, Patrick, Santos e Kadu; Leandro e Fischer. Técnico: Celso Rodrigues.
Arbitragem – Marcelo Cavalheiro, auxiliado por Fagner Bueno Cortes e Diego Luís da Rosa. Quarto árbitro, Jeferson Eduardo Moraes e delegado, Paulo Ricardo Soller Camacho.

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