Editorial
Definição por merecimento
A decisão do governo do Rio Grande do Sul anunciada ontem, de definir os novos coordenadores regionais de Educação através de uma espécie de seleção que leva em consideração a capacidade técnica foi, no mínimo, ousada. Talvez até a mais acertada, neste caso em específico, sendo bem longe do usual.
O caso é que tais cargos, a exemplo de uma longa lista paralela, de praxe, é definida com base em indicações políticas, gerando os tradicionais cargos comissionados ou mesmo funções gratificadas - levando o lado partidário como definidor. Por várias vezes, de forma quase que corriqueira, gestores públicos anunciam uma escolha por capacidade de conhecimento dos seus indicados. Desta vez, porém, há um aspecto diferente.
A seleção a partir de uma parceria com fundações abre um novo leque em tal questão. Na teoria, estes órgãos, sem influência política, se concentrarão nas especificidades curriculares dos postulantes a cada um dos cargos. Óbvio que, neste processo, a própria lisura de tais instituições será colocada num crivo. Mas, porém, se a lista tríplice levada ao governador, após tais análises, apontar nomes com conhecimento não apenas amplo, mas reconhecido, nada poderá ser questionado.
Ao menos em tese, e de momento, a decisão do Executivo estadual caminha para se tornar um exemplo para o restante da política brasileira. Primeiro porque demonstra interesse em acertar em suas escolhas de modo a refletir em políticas públicas eficientes, sem a tradicional pressão partidária. E, em segundo, pela busca de expor um processo com lisura, tornando a definição clara e pública. Se logrará êxito ou não é cedo para se determinar. Mas a expectativa, independentemente de posições políticas, é pelo sucesso de tal empreitada.
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