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Itens pessoais do ex-presidente Médici serão leiloados
Itens pessoais do general Emílio Garrastazu Médici, presidente do Brasil entre outubro de 1969 a março de 1974, época que posteriormente veio a ser conhecida como "anos de chumbo", foram postos em leilão nesta semana. Ao todo, são mais de 150 peças à venda, que marcam datas e encontros importantes para a história do país.
O leiloeiro oficial dos itens é Daniel Chaieb, de Porto Alegre. Ele conta que os objetos foram entregues para leilão pela viúva de um dos filhos de Médici. E ele adianta que o acervo deve ganhar reforço com a entrega de mais itens após o Carnaval. O leilão será no dia 30 de abril, mas o acervo já está disponível no site, com o valor de cada lance inicial.
Chaieb conta que, ao receber os itens, a equipe trabalhou durante dez dias realizando pesquisa sobre a história de cada peça para a catalogação. "O acervo conta com itens muito interessantes, como uma baixela de prata com o nome de Médici que foi presenteado a ele pelo governo de Portugal, durante uma visita diplomática", conta.
Medalhas, comendas e placas de homenagem e comemoração compõem grande parte do material colocado em leilão, como a placa em bronze miniatura da placa de inauguração da ponte Rio Niterói, de 1974, e medalha que marcou a posse do presidente norte-americano, Richard Nixon, em 1969.
Também estão entre os itens curiosos, dois baralhos de cartas com a inscrição "Ninguém segura este país", no verso, ilustrada com uma faixa verde e amarela; foto emoldurada do Presidente Médici na abertura das obras da Rodovia Transamazônica e caricatura do presidente feita por Mário Mendez, em 1971.
Itens em homenagem à esposa do general, Scylla Médici, também compõem o acervo, como uma medalha, em prata, que a nomeia madrinha do submarino Humaitá, construído pelo estaleiro Vickers Limited (Inglaterra) e lançado em novembro de 1971.
Nascido em Bagé
Emílio Garrastazu Médici, bajeense nascido em 1905, foi o 28º Presidente do Brasil, o terceiro do período da Ditadura Militar, governou entre 30 de outubro de 1969 e 15 de março de 1974. Seu período na presidência ficou conhecido historicamente como Anos de Chumbo.