Editorial
No caminho de uma solução para a MAC
Encarada como solução para um dilema que completa 27 anos, a federalização via que liga a BR 293 à Usina Termelétrica (UTE) Presidente Médici, administrada pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), retorna à pauta da Câmara dos Deputados com a perspectiva de aprovação. A importância da rodovia Miguel Arlindo Câmara (MAC) não pode ser mensurada apenas pela sua aparente pequena extensão, de aproximadamente 13,3 quilômetros. Estrategicamente, a estrada que interliga os bairros de Candiota precisa de uma definição no sentido da atribuição de responsabilidades. Este é um passo importante para a definição de metas relacionadas à manutenção. Basicamente, é preciso saber a quem encaminhar as demandas.
A MAC, como é popularmente conhecida, foi construída na década de 1970, pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), que então administrava o complexo termoelétrico de Candiota, instalado na Vila Residencial. Foi essencial para o transporte de equipamentos das usinas. Com a emancipação do município, em 1992, e a transferência das unidades geradoras para a Eletrobras, já no final da década de 1990, a administração da via ficou indefinida. E, enquanto a situação perdura, a prefeitura ensaia alternativas para manter as condições de trafegabilidade, contando, inclusive, em períodos anteriores, com o apoio de empresas que também dependem da estrada. Estas ações, porém, além de consumir recursos que poderiam ser investidos em outras áreas, constituem apenas uma dinâmica paliativa.
Politicamente, a federalização é articulada pela prefeitura. A primeira tentativa, levada a cabo em 2010, antes do início da operação da Fase C do complexo termelétrico de Candiota, foi arquivada por conta da ausência de estudos técnicos. A nova conjuntura leva a crer, entretanto, que o resultado agora deve ser outro. As condições, pelo menos, são favoráveis para a demanda candiotense. A MAC se enquadra na hierarquia estabelecida pelo Sistema Nacional, assumindo o caráter de rodovia de ligação, especificamente por permitir o acesso a uma instalação federal de importância estratégica. No contexto do planejamento a via também é favorecida, pois agora está presente nos levantamentos oficias. Federalizar é uma medida lógica, que vai desonerar o município.