Editorial
Por um crescimento racionalizado
Hulha Negra tem a menor frota de veículos entre os municípios da região. A cidade, porém, não é uma exceção no terreno de um fenômeno da mobilidade global, marcando pelo domínio do automóvel. Em uma década, de acordo com registros oficiais do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran RS), o volume de carros e motos circulando pelas ruas hulhanegrenses dobrou, saltando de 1.177, em 2009, para 2.522, em janeiro de 2019. O cenário cria situações adversas, comuns a todos os municípios. O contexto impõe, basicamente, um novo olhar sobre a organização do trânsito.
Com pouco mais de 6,1 mil habitantes, Hulha Negra não dispõe da principal vantagem estabelecida pela Política Nacional de Mobilidade Urbana, instituída em 2012, aplicada apenas às cidades com mais de 20 mil habitantes, que consiste no apoio ao desenvolvimento de planejamentos urbanos. A legislação, entretanto, atribui à prefeitura a função de planejar a política local de mobilidade urbana. Mas esta ‘lição de casa’ tem custo para os cofres municipais.
O exemplo de Hulha Negra, ilustra a encruzilhada encarada pelos gestores municipais. Se por um lado, as receitas aumentam com a arrecadação do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), tendo em vista que metade da arrecadação é revertida às cidades; por outro, à medida que expande, a nova frota aumenta, também, a necessidade de soluções no sentido de garantir as condições para a trafegabilidade. O que a experiência hulhanegrense revela é que estímulo a modais alternativos precisam, inevitavelmente, integram qualquer plano municipal, proporcionando um crescimento racionalizado.
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