ELLAS
Circula na rede
pg 2 - Circula na rede
Os filhos do quarto
# O texto que viralizou nas redes sociais está mais atual do que nunca. Já que muitas atrocidades estão sendo programadas com os filhos dentro dos quartos, sob o mesmo teto dos pais. Pessoas que, certamente, não são reconhecidas pelos seus progenitores, que jamais imaginaram que seus descendentes fossem capaz de tais atos. É preciso estar atento! Hoje, republicamos esse texto que estimula a reflexão.
Antes perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mares,hoje temos perdido eles dentro do quarto!
Quando brincavam nos quintais ouvíamos suas vozes, escutávamos suas fantasias e ao ouvi-los, mesmo à distância, sabíamos o que se passava em suas mentes.
Quando entravam em casa não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos eletrônicos em suas mãos.
Hoje, não escutamos suas vozes, não ouvimos seus pensamentos e fantasias, as crianças estão ali, dentro de seus quartos, e por isso pensamos estarem em segurança.
Quanta imaturidade a nossa.
Agora, ficam com seus fones de ouvido, trancados em seus mundos, construindo seus saberes sem que saibamos o que é.
Perdem literalmente a vida, ainda vivos em corpos, mas mortos em seus relacionamentos com seus pais, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de modismos passageiros, que em nada contribuem para formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares.
Dentro de seus quartos perdemos os filhos pois não sabem nem mais quem são ou o que pensam suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar.
Se tornam uma mistura de tudo aquilo pelo qual eles tem sido influenciados e pais nem sempre já sabem o que seus filhos são.
Você, hoje, pode ler esse texto e amar, mandar para os amigos.
Pode enxergar nele verdades e refletir. Tudo isso será excelente.
Mas como psicopedagoga tenho visto tantas famílias doentes com filhos mortos dentro do quarto, então faço você um convite e, por favor aceite!
Convido você a tirar seus filhos do quarto, do tablet, do celular, do computador, do fone de ouvido, convido você a comprar jogos de mesa, tabuleiros e ter filhos na sala, ao seu lado por, no mínimo, dois dias estabelecidos na sua semana, à noite (além do sábado e domingo).
E jogue, divirta-se com eles, escute as vozes, as falas, os pensamentos e tenha a grande oportunidades de tê-los vivos, "dando trabalho" e que eles aprendam a viver em família, sintam-se pertencentes no lar para que não precisem se aventurar nessas brincadeiras malucas para se sentirem alguém ou ter um pouco de adrenalina que antes tinham com as brincadeiras no quintal!"
Cassiana Tardivo - psicopedagoga