Campo e Negócios
Sindicato Veterinário apoia retirada da exigência do exame de mormo
A iniciativa da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) em solicitar a retirada da exigência do exame de mormo ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi bem recebida pelo Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS). A partir do pedido, será realizada uma coleta de cinco mil amostras em equinos de diversas regiões do Rio Grande do Sul, para verificar a ausência da doença nos animais do Estado, conforme a Instrução Normativa 06/2018 do Ministério.
O diretor do Simvet/RS, João Júnior, lembra que é necessário não ter registros da doença por três anos consecutivos e esse prazo valeria a partir de 2019, já que em 2018 foram registrados casos positivos. Ele lembra, também, que, por decisão judicial, alguns animais confirmados com a doença não foram sacrificados, diferente do que determina a norma do Ministério da Agricultura, e que é preciso saber o que se farão com esses exemplares.
Outro ponto salientado pelo dirigente do sindicato é a questão da fiscalização. "É importante saber se estamos tendo fiscalização adequada nas nossas estradas e, principalmente, em entrada de eventos equestres para saber se não temos equinos clandestinos. Torcemos para que não tenhamos casos positivos da doença, porém estamos sempre a favor da sanidade equina para que todo o setor da equinocultura se desenvolva da melhor forma uma vez que entendemos que este é um símbolo do Rio Grande do Sul", observa.
O mormo é provocado por uma bactéria que pode contaminar qualquer tipo de equídeo, seja cavalos, mulas ou burros. O contágio se dá por meio das secreções, como pus, corrimento nasal, urina, fezes e sêmen. As pessoas que trabalham com os animais devem usar luvas e máscaras para evitar a possibilidade de contágio. No Rio Grande do Sul, a enfermidade apareceu no ano de 2015 quando um animal foi encontrado com caso positivo. Desde então, a Secretaria da Agricultura, juntamente a veterinários e associações de raça, trabalharam para conter e erradicar os casos no Estado.